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quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

Se manda, 2003!

Galera, como disse meu cumpadi Vicente, que 2004 seja muito melhor que 2003 e muito pior que 2005. Vejo vocês no ano que vem.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

Essa vai longe II

Minha sobrinha Beatriz, que acaba de fazer dois anos, ganhou de minha irmã uma carteira, que veio cheia de notinhas de brinquedo – para ela comprar água de coco. Na ida seguinte ao shopping, ela vibrou ao ver o quiosque da dita água, mas mostrou que já sabe como melhorar na vida.

– Coco, mamãe. Coco!

– Isso, filhinha. Vamos comprar água de coco e você paga com seu dinheirinho (a vendedora já estava mancomunada para aceitar as notas de brinquedo).

– Não, tutu neném, não. Tutu papai, tutu papai.

Finalmente apareceu alguém na família com vocação pra juntar dinheiro.

domingo, 21 de dezembro de 2003

Valeu, Sir Paul

Ganhei de amigo oculto (gracias, Marcelo) o CD Let It Be... Naked, do Beatles. Como se sabe, é a versão crua de Let It Be, da qual Paul McCartney tirou as firulas do produtor Phil Spector. Antes de mais nada, por uma questão de honestidade, quero deixar claro que não sou fã dos Beatles. Gosto de diversas músicas deles, mas não tenho a relação de fanatismo que a maioria cultua.

Apesar disso – ou talvez por isso –, gostei muito do resultado. O disco parece fluir melhor, com mais coesão. Sem falar que a nova versão conseguiu algo que sempre achei impossível: fez “The Long And Winding Road” deixar de ser uma canção irremediavelmente brega. Aquelas cordas e aquele coral pareciam saídos direto de uma vinheta do programa Haroldo de Andrade. Agora é uma música lenta e romântica tocada por uma banda de rock, com ênfase no piano, mas também com guitarra, baixo e, bem, eh... bateria.

Falando nisso, longe de mim vilipendiar a religião alheia, mas, putz, o Ringo é realmente de lascar. Possivelmente o sujeito mais fraco a ganhar a vida como baterista profissional – antes, claro de os punks redefinirem os padrões de mediocridade musical, claro.
Rock’n’roll neonatal

Vejam que injustiça. Estamos organizando o chá-de-bebê/chá-de-fralda de Luísa (nossa filhota, com estréia prevista para o começo de fevereiro). Sendo minha filha, certamente será roqueira. Logo, eu queria incluir o DVD novo do Rush na lista de presentes. Não é que Cristina vetou?

quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

Surpresa!

Veja o que os americanos descobriram após a visita de Saddam à barbearia...



Enviada por Rogéria Takata, aqui da Approach

terça-feira, 16 de dezembro de 2003

Saudades do idioma

Hoje de manhã eu estava vendo uma reportagem na TV que falava de avanços científicos no combate ao crime, tendo como gancho a primeira condenação no Brasil de um homicida com base exclusivamente nos testes de DNA.

Aí lembrei de uma aula de biologia há uns 25 anos, quando ouvi falar pela primeira vez de DNA, só que não era DNA. Naquela época ainda nos referíamos ao ácido desoxiribo-nucleico com ADN. Somando-se a essa curiosa inversão de siglas o fato de sermos o único país latino no qual a Síndrome de Imuno-Deficiência Adquirida é chamada de Aids e não de Sida, fica bem claro que estamos perdendo o idioma.

Não se trata de ser contra estrangeirismos – acho restaurante (do francês restaurant) muito melhor que “casa de pasto” –, mas, quando começamos a usar siglas em inglês para palavras em português e a mudar o sentido de nossas palavras, a coisa realmente complica. “Penalizado”, que quer dizer “com pena de” já virou sinônimo de “punido”. Mesmo no auge da influência francesa no Brasil, “portanto” não ganhou o sentido de “entretanto”.

Claro que a má qualidade da educação ajuda a matar a língua. As pessoas hoje não conhecem mais a lógica do idioma. Gente com nível superior não é capaz de se fazer entender falando, o que dirá escrevendo. Qual a saída? Não faço a menor idéia – e isso torna ainda mais triste o cenário.

domingo, 14 de dezembro de 2003

Campeã absoluta

Depois da renúncia de Fujimori e de uma outra penca de roubadas de sábado e domingo, a captura de Saddam Hussein garante a minha prezada Cláudia Sarmento o troféu César Seabra de Pé Frio em plantões de fim-de-semana no Globo.

Cesão, inspirador desse prêmio, tem em seu currículo, entre outras, as mortes de PC Farias e dos Mamonas Assassinas, sempre quando ele estava de plantão na primeira página do jornal.

terça-feira, 9 de dezembro de 2003

Efeito infalível

No Japão descobriram o Viagra para a mulher.

O nome que deram lá é Taron.

Quando você dá o Taron pra mulher, dizem os japoneses, "ela fica alegre, carinhosa ao extremo. Te beija e abraça o dia inteiro e a noite inteirinha. Não dá sossego a noite toda. Ela quer transar quantas vezes você agüentar. Só te chama de meu amor, minha vida, te adoro. Te amo!"

Aí , perguntaram para o Japonês:

- Poxa, este produto é fantástico mesmo?

- Sim, sim! Galantido, non? Funciona mesmo! Non falha, non!

- Mas o nome é mesmo... Taron?

- Sim! É taron, taron de cheque.

Enviada por Nuno

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

Alegria da mulherada

O que é um PF?
É um "Personal Fucker".
Sim, foi o que você entendeu.
Um "Personal Fucker". Para quem ainda não arrumou um cara legal, digno de namoro (recolhidos pelo Ibama, portanto fora do mercado), faça de alguém seu PF.

Para que serve?
PF (Personal Fucker) é a nova modalidade de sexo ao seu alcance.
Considerando que sexo é uma necessidade física comum a todos, o PF torna-se item indispensável. Para as felizardas que já tem onde se aninhar, ótimo. Mas no dia que precisarem, saibam também como ter seu PF de cada dia.

Como conseguir um?
Para ter um PF, você tem que estar disposta a abrir mão do romantismo, do mão na mão, do sorvete no entardecer.
O escolhido para ser o seu, não pode ser alguém que você namoraria, e sim, alguém pelo qual você sente um tesão incontrolável,aquele tesão estilo TPM. Nada de compromissos, que compromisso é coisa de na-mo-ra-do. Se quiser compromisso, nada feito. Seu negócio não é PF.

Fortes candidatos
Geralmente são seus amigos antigos (com quem você não tem mais muito contato e pretende agora ter aquele contato), amigos do seu ex, pessoas que você não vê há muito tempo e pessoas que você nunca viu mesmo e está vendo agora. Não valem ex-namorados, nem casinhos antigos, daqueles que ainda deixam a perna bamba.
A experiência tem que ser nova para os dois.
Pois sendo ele o seu PF, você passa a ser o PF dele.

Maiores definições
Trata-se de uma amizade colorida dos tempos modernos.
Vocês são amigos, mas não trocam confidências e dividem os ambientes mais íntimos entre duas pessoas: a cama, o banheiro, a sauna, a pia, o chão, o estacionamento e os degraus da escada. O lugar não tem muita importância, desde que você também não espante o rapaz levando-o para um chalezinho cinco estrelas decorado com flores-do-campo. Você sabe, cinco estrelas e flores-do-campo são coisas de na-mo-ra-do.

Instruções
Você pode ter liberdade com seu PF, mas dentro de alguns limites, claro.
Vale ligar a qualquer hora do dia, propondo um encontro casual. Vale ligar depois de tomar alguns gorós, quando bate aquela carência sexual. E também vale ligar propondo uma massagem básica. Só não vale ficar mal se ele não puder ir ao seu encontro. PFs são ótimos para realizar aquelas fantasias sexuais que você sempre teve vontade de realizar, mas nunca teve coragem. Vale gritar, escancarar, fazer tudo aquilo que você sempre quis. O máximo que pode acontecer é, quando você estiver fazendo seu strip em cima da mesa da sala cantando Madonna, ele dizer pra você parar, porque está morrendo de vontade de rir... e você ter que procurar outro PF.
Sem discussão

Mesmo para aqueles que não encaram o doce suplício da profissão de jornalista, vale a pena ler este artigo de Alberto Dines esta semana no Observatório da Imprensa. No texto, ele entra num tema tão espinhoso quanto explosivo: o debate, ou melhor, a falta de debate a respeito da maioridade penal depois da comoção causada pelo assassinato de Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em São Paulo.

Dines critica com muita propriedade a postura do governo e da patrulha politicamente correta de barrar qualquer discussão que envolva alguma revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, sem nenhuma ironia com a sigla). A crítica é importante porque essa patrulha usa o próprio observatório como tribuna, adotando com ampliada virulência a mesma técnica do ex-presidente FHC. Quando criticado, em vez de responder às críticas, ele desqualificava os críticos (neobobos, nhém-nhém-nhém etc.). Só faltava chamá-los de feios, chatos e cocozentos.

Assim, quem defende qualquer mudança na lei é tachado de fascista e assassino, mesmo que, na véspera, fosse campeão dos Direitos Humanos - aliás, volto a esse tema em outra ocasião. A questão é que existem duas correntes que tratam do assunto como se fossem torcidas de times de futebol. De um lado, os que vêem a pena a um criminoso (ou infrator, sendo menor - coisas da semântica) como um instrumento de reabilitação e ressocialização. Do outro, os que a encaram como segregação e proteção da sociedade.

O problema é que os dois lados estão certos. O objetivo de uma prisão é punir pela privação da liberdade e reabilitar, proteger a sociedade de um indivíduo que a ameaça e proporcionar-lhe possibilidades de ser novamente inserido nessa sociedade. São situações complementares, não conflitantes. Precisamos de lei e procedimentos jurídicos que punam quem comete crimes (ou infrações) e instituições que os recuperem - ou, no caso dos irrecuperáveis, isolem. Infelizmente temos o contrário.

Na prática, a lei hoje iguala o menor que rouba uma maçã para comer ao que estupra e mata. São ambos enfiados numa Febem ou num Padre Severino, de onde aquele vai sair invariavelmente pior do que entrou e este não vai melhorar em nada. Mas me pergunto por que motivo as pessoas que brigam tanto para manter a maioridade penal em 18 anos não fazem tanto barulho nem tentam mobilizar a sociedade para melhorar o sistema de atendimento a menores infratores.

Pessoalmente, sou contra o conceito de maioridade ou minoridade penal. Acho que cada caso deve ser avaliado isoladamente, envolvendo aspectos criminais, psicológicos e sociais. Hoje, um menor não pode ficar mais de três anos internado, independentemente do crime (desculpe, infração) que tenha cometido. Três anos vão recuperar o assassino de Liana e Felipe, por melhor que seja a instituição em que o internem? Reservo-me o direito de duvidar muito disso.

Mudar a maioridade penal (ou, como eu preferiria, acabar com ela) não vai resolver o problema da delinqüência infanto-juvenil. Claro que não, pois não existem soluções mágicas. É preciso investir, e muito, em educação, assistência social, geração de emprego etc. etc. Mas vai reduzir a sensação de impunidade, que sabota qualquer esforço sério para lidar com a violência cometida por menores.

Infelizmente, como lembra o Dines, tem gente que não quer ao menos discutir o assunto.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

Velha rotina

Diz o noticiário que, apesar dos protestos do governo de Israel, Collin Powell mantém o encontro com o negociador palestino do acordo de paz alternativo proposto em Genebra, Yasser Abed Rabbo. Não chega a ser bem uma novidade. Há tempos que os palestinos só participam desse processo com o Rabbo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2003

Como não ser roubado no McDonald's

A única maneira realmente segura de não ser garfado no McDonald´s é não botar os pés lá. Mas, se o nobre visitante é como eu e não resiste a um Cheddar McMelt, vão aqui três dicas:

1) Peça refrigerante sem gelo. Num copo de 500ml eles enfiam modestamente 150ml de gelo. O distinto paga pela Coca Light, mas leva mais de um quinto da boa e velha H2O - nada contra ela, mas custa bem menos. Se quiser realmente irritá-los, peça o gelo num copinho separado.

Esse trambique envolve ainda uma propaganda enganosa, pois um aviso malocado na parede da loja diz que o gelo é para conservar a temperatura e o sabor da bebida. Pombas, refrigerantes são fórmulas químicas. O gelo derrete e acrescenta água a essa composição química, alterando, e muito, o sabor.

2) Fique de olho na batata frita. Em geral os atendentes do McDonald´s não são lá muito empenhados na hora de encher as embalagens de batata. O caso nem é tão grave na pequena, que vem num saquinho de papel flexível. Na média e na grande, cuja embalagem é de um papelão mais rígido, eles deitam e rolam. Não desdobram a embalagem totalmente, escorregam a batata para dentro e o balconista, também malandro, bota a embalagem deitada na bandeja. Um consumidor distraído acha que está cheinho. Mas basta botar a embalagem de pé que logo aparecem as listas amarelas do fundo.

Aí você reclama, o balconista vai lá, bota a embalagem numa balancinha e volta dizendo que "está no padrão". Dois detalhes: a balança é inclinada, logo, o sujeito nunca larga inteiramente a embalagem; e você não sabe qual "o padrão", pois não está escrito em lugar algum. O cara pode dizer que o padrão é 200g, 150g ou 10g.

Um dia desses isso aconteceu comigo. Reclamei, e o gerente disse que o padrão era com "a embalagem normal" - o que ele insinuava é que eu apertara a embalagem dos lados para ela ficar mais larga. Eu pedi licença ao cliente ao lado no caixa, cuja batata acabara de ser posta deitadinha na bandeja, peguei a embalagem pela lingüeta de papelão atrás e, sem exercer qualquer pressão, coloquei-a de pé. Com a gravidade, viu-se que o conteúdo mal chegava a dois terços da capacidade. Em vez de uma, o imbecil do gerente teve que recarregar duas batatas.

3) Nunca, jamais, sob hipótese alguma peça a entrega a domicílio, pois eles vão ignorar solenemente todas as suas orientações. E nem pense em ligar para reclamar, pois vão lhe empurrar de um lado para outro sem solução.

Caso para o Procon

Um candidato, rápido!

Sou um marxista convicto. Acho que o homem mais sábio de todos os tempos foi Marx. Groucho...

No antológico Diabo a Quatro, em dado momento ele diz: “Uma criança de quatro anos entende esse plano. Alguém me arranje uma criança de quatro anos.”

Lembrei-me disso ao ler no excelente site de pesquisas de opinião Polling Report que até um poste venceria George W. Bush na campanha para a reeleição no ano que vem. O problema é que os democratas ainda não conseguiram um poste para se candidatar.

Segundo as pesquisas feitas em novembro, há um empate técnico entre os eleitores inclinados a votar em Bush (47%) e não inclinados (48%). Apenas 42% acham que ele merece ser reeleito, contra 46% contrários.

Entretanto, quando a pesquisa testa o confronto direto entre ele os seis (isso mesmo, meia dúzia) pré-candidatos do Partido Democrata, Bush ganha mole de todos.

Tudo bem, Bob Fields (que reencarne como couro de zabumba na Feira de São Cristóvão) dizia que estatística é quem nem biquíni: mostra tudo, menos o mais importante. Mas esse números mostram que, ou os democratas arranjam um candidato que entusiasme, ou vão perder uma das eleições mais moles que já tiveram.

quinta-feira, 13 de novembro de 2003

Só divagação

Hoje eu vi numa livraria um belo livro importado de História sobre as nossas raízes orientais. A ilustração da capa traz um busto de um faraó egípcio e uma estátua de Buda. Só não comprei porque as minhas vacas andam mais magras que aquela mocréia do seriado Ally McBeal.

Voltando ao assunto, alguma coisa ali não bateu direito na minha cabeça. Depois me toquei do que era. O conceito do Egito como “oriental” é, no mínimo bizarro. Ou melhor, é apenas cultural, não geográfico. Quer ver só? A longitude de Atenas é 23 graus e 43 minutos a Leste de Greenwich. A do Cairo é 31 graus e vinte minutos. Realmente, o Egito está a Leste da Grécia, seria Oriente.

Mas Jerusalém tem como longitude 35 graus e treze minutos. Ninguém se refere ao Judaísmo como uma cultura oriental. Muito menos o Cristianismo – apesar de este ser uma acochambração do próprio Judaísmo com o Masdaísmo da Pérsia, que está mais a Leste ainda.

Alguém tem que lembrar ao autor que, em termos de geografia, a Estrela de Davi e até a cruz são bem mais orientais que o Olho de Hórus.

terça-feira, 11 de novembro de 2003

quarta-feira, 5 de novembro de 2003

Trevas cariocas

Há um ano, quando as urnas decretaram quatro anos de obscurantismo cor-de-rosa para o Estado do Rio, eu comentei com amigos que iríamos encarar uma dobradinha do lumpesinato evangélico com a banda podre da polícia. Hoje esses dois exemplos do que o Rio de Janeiro produziu de pior tiveram momentos de glória graças à caneta malsã da nossa governadora diminutiva.

Primeiro ela exonerou o secretário de Direitos Humanos, João Luiz Duboc Pinaud, que havia denunciado e investigava a morte sob tortura de um comerciante num presídio. Deu com isso um inequívoco sinal verde à facção da polícia que considera moer um preso de pancada a forma mais eficiente de investigação.

Depois, vetou a lei (aprovada por 52 votos a 2 na Alerj) que institui o ensino religioso ecumênico nas escolas públicas. Pela lei, professores laicos falarão sobre ética religiosa, história comparada das religiões etc. Mas nossa “juíza Moore” dos pobres quer ensino confessional, catecismo em sala de aula, sob tutela das igrejas e às custas do dinheiro público. E ainda prometeu recorrer da liminar que cancelou o concurso para catequista, quer dizer, professor de religião. Qualquer semelhança com as escolas do regime Talibã não é mera coincidência. Resta a tênue esperança de que a Alerj derrube o veto e a Justiça mantenha a liminar.

O pior é que ela foi eleita em primeiro turno, o que me deixa profundamente preocupado com o tipo de população que o carioca está se tornando.

quinta-feira, 30 de outubro de 2003

Utilidade pública

Gente, como Beltaine tá aí já, e neguinho costuma meter o pé na jaca, publico a foto abaixo para servir de aviso. Se beber, deixe a vassoura no armário.

quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Tem solução?

Hoje, indo para o trabalho no carro da Cristina, tomei uma fechada criminosa de um taxista – que vai reencarnar na Somália. A navalhada me lembrou uma conversa que tive com outro taxista há alguns dias. Num dado momento ele disse “eu, que sou profissional...” e eu interrompi perguntando como ele se tornara profissional, o que tivera de fazer. Não que eu esteja pensando em mudar de profissão; era curiosidade, mesmo.

Descobri que ele inscreveu-se no INSS, pagou meia dúzia de taxas no sindicato e na Prefeitura e, bingo, tornou-se taxista. Aí eu, espírito de porco como sempre, argumentei que ele não fez nada para se profissionalizar, apenas cumpriu trâmites burocráticos. Em termos de habilitação, não diferia em nada de mim. Depois andei num carro que o motorista não sabia onde ficava a São Clemente. É mais ou menos como jornalista escrever “haveriam erros”. Acontece, mas não deveria acontecer.

O problema é que isso é um fenômeno generalizado. Seja pela crise, pelo desemprego ou pela falência dos meios de capacitação, os serviços estão cada dia piores. Você entra num restaurante, pergunta como é o Filé à Moda da Casa e o garçom responde “é um filé feito à moda da casa” e ainda te olha como se você tivesse obrigação de saber o que passa pela cabeça do cozinheiro. No Bob’s, então, é de doer. Parece que fazem um teste de QI na seleção de balconistas e só contratam quem tira abaixo de 50.

Qual a solução para isso? Não faço a menor idéia. Essas pessoas têm que trabalhar honestamente, claro. Mas a absoluta falta de capacitação já está passando de todos os limites – e no caso dos taxistas, já vira até risco para os outros.
Dos males o pior

Oi povo. Como muita gente manifestou solidariedade pelo meu infortúnio automobilístico-policial, venho anunciar que o carro apareceu. Infelizmente apareceu sem ar condicionado, som, alto-falantes, estepe, macaco etc. Eu achava que ele ia ser encontrado porque todo mundo que sabia do roubo dizia “agora é torcer para que não encontrem”. Isso porque se o carro sumisse de vez, a seguradora pagaria uma grana que me permitiria comprar um mais baratinho e ainda ficar com um qualquer. Claro que Murphy, pra variar, falou mais alto... Acharam e vou morrer na franquia do seguro.

E atenção aos donos de Palio. Segundo tanto a polícia quanto os caras da oficina, esse carro está sendo roubado loucamente por conta do ar condicionado. Ao que parece, o aparelho se adapta a qualquer veículo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2003

sexta-feira, 10 de outubro de 2003

Queria ter dito essa

Maravilhosa frase do colunista Bob Herbert hoje no New York Times:

“Vender uma guerra desencaminhada é como vender cigarros. Você não pode falar a trágica verdade sobre seu produto.”

quinta-feira, 9 de outubro de 2003

No peito e na raça II

Para que ficou curioso, aqui está a foto de Luiza Tomé na campanha da amamentação.

No peito e na raça

Bem legal a matéria no site da BBC sobre a campanha para incentivar a amamentação no Brasil, exibida com destaque na página da emissora. O correspondente Steve Kingstone só carregou nas tintas ao apresentar Luiza Tomé, musa lactante da campanha, como uma das mais conhecidas atrizes do país.

Ela é linda (ainda mais turbinada pela amamentação), mas alguém aí se lembra de seu último papel de destaque? Vai ver Mr. Kingstone se deixou exaltar pela opulência de Luiza. Totalmente justificável.
Conserto caro

O gaúcho tinha um Opala "jóia", daqueles antigos, motor 4.100, "inteiraço". Tinha um ciúme doentio do carro. Um dia alguém bateu na porta do Opala e amassou. O gaúcho ficou tão puto da vida que encostou o carro na garagem e disse que não ia mais sair com ele.

Alguns meses depois, o gaúcho, louco de saudade do carrão, querendo dar uma volta, senta ao volante, põe a chave na partida e nada. A bateria havia descarregado. Depois de várias tentativas, desiste e chama o mecânico. Este chega, dá uma olhada, tenta ligar e diz:

- É fácil de consertar, e só fazer uma chupeta.

E o gaúcho:

- Se eu der a bunda, você arruma a porta também?

Essa quem mandou foi o Flávio Falcão, como parte de sua relação complicada com Yuri Totti...

domingo, 5 de outubro de 2003

A força da genética

Minha afilhada Beatriz ainda nem fez dois anos e já mostra que o DNA da família está firmemente instalado. As primeiras suspeitas começaram quando minha irmã passou a fazer a vitamina de costas para ela, do contrário Beatriz queria comer as frutas antes que elas fossem para o liquidificador.

Esta semana veio a confirmação: A família almoçava num La Mole da vida, e ela estava instalada na obrigatória cadeirinha de bebê. O garçom começou a servir pelo lado da mesa onde ela estava, mas pulou-a, já que minha irmã ia servir e partir a comida da filha. Beatriz ficou agoniada ao ver o garçom ignorá-la, e, quando ele passou para o outro lado da mesa, não agüentou e reclamou (na sua linguagem, claro):

- Titio... neném, neném.

Essa vai longe.

quinta-feira, 2 de outubro de 2003

Dá pra não renegar?

Depois alguns conhecidos estranham eu ter renegado o voto para presidente que dei no ano passado.

O Globo On Line diz que o presidente Lula (que eu ajudei a eleger num momento de insensatez) não vai demitir a ministra (do que mesmo?) Benedita da Silva por ter usado recursos públicos para ir a um evento privado – um encontro de gado em Buenos Aires.

Depois que a patuscada, aliás, o crime de improbidade administrativa ficou público, a equipe de Benedita inventou apressadamente um encontro com sua contraparte Argentina para tentar dar algum ar oficial à garfada no erário. Não convenceu ninguém.

O curioso é que o noticiário matinal dizia que Lula estava tiririca e queria que ela devolvesse o dinheiro usado indevidamente. Em conversa com governadores, aliás, José Dirceu disse que o ideal era a ministra entregasse, junto com a grana, sua carta de demissão.

Aparentemente no decorrer do dia a coisa mudou. Lula deve ter se tocado que respeito ao dinheiro público era só mais uma das promessas de campanha e dos compromissos históricos do partido que não precisaria honrar depois de eleito.

Lula chegou a dizer que alguém com um histórico como o de Benedita não cometeria um erro desses. Ele só pode estar nos gozando, não? Quando vereadora, a hoje ministra nomeou a família para cargos de confiança – incluindo um filho que tinha escolaridade apenas para ser contínuo. Depois quando esse filho usou um diploma falso para entrar num trem da alegria, disse que não tinha nada a ver com isso. Já senadora, gastou uma fábula de dinheiro público para enfiar no apartamento funcional uma jacuzzi – se não me engano, teve que devolver o dinheiro. Nada contra ela ter uma jacuzzi. Eu também queria. Mas que tirasse do seu bolso, não do meu.

Desde que foi nomeada ministra (como prêmio de consolação pela sova de levou do casal diminutivo que ora assombra o estado do Rio) ela vinha se mostrando num verdadeiro seio masculino - aquele troço que não é útil nem ornamental. Se tivesse ficado nisso, já seria lucro.

Enquanto isso, o partido vai expulsar Heloísa Helena por honrar sua história política.

terça-feira, 30 de setembro de 2003

Melhor não saber

O pai pergunta ao filho de 12 anos se ele sabe como são feitos os bebês e ele, aos prantos, responde:

- Não quero saber! Prometa que não vai me contar.

E o pai, espantado, pergunta por que o filho não quer saber e ele, ainda aos prantos, responde:

- Quando eu tinha 6 anos me contaram que não havia coelho da Páscoa, aos 7 descobri que não havia Fada Madrinha e aos 8 me contaram que o Papai Noel é você ! Se eu descobrir que os adultos não trepam, não tenho mais razão para viver!

Essa quem me mandou foi a Gwynn

domingo, 28 de setembro de 2003

Boa pancada

Recomendo muito a leitura desse artigo do mestre Marcos Sá Corrêa sobre a viagem da ministra Benedita para um encontro pecuário na Argentina às custas do Tesouro e sobre a liberação da soja transgênica - mais dois lindos momentos desse governo infame que eu ajudei a eleger num momento de desatino que, juro, nunca mais vai se repetir.

terça-feira, 23 de setembro de 2003

Questão de gosto

Diz a imprensa italiana que o Vaticano vai editar uma diretiva coibindo o que classifica como “abusos litúrgicos”. Além de danças, aplausos e textos laicos na missa, o documento recomenda evitar o uso de meninas em vez de meninos como coroinhas.

A justificativa é que a função é um posto potencial para o desenvolvimento da vocação sacerdotal – e a igreja católica veta o sacerdócio a mulheres. Logo, quanto mais meninas forem coroinhas, menos meninos o serão e menor será o número de futuros padres.

Ok, faz sentido. Mas, diante dos recentes escândalos de pedofilia (na maioria envolvendo vítimas do sexo masculino), dá para desconfiar que os padres querem mesmo é ter mais menininhos por perto.

Depois os comunistas é que comiam criancinha...

domingo, 14 de setembro de 2003

Diálogos X-Crotos XIX

No Cefet, havia apenas dois negros em nossa turma, um deles meu querido irmão Cócis. Quando estávamos no terceiro ano, a professora de Geografia, Sônia (também negra), quis puxar um papo engajado com meu amigo por conta do nome dele:

– Cócis? Que nome diferente. É africano?

– Não, é húngaro.

Ela ficou emputecida e queria mandá-lo para a coordenação de disciplina. Foi um custo convencê-la que era verdade, que o nome era homenagem ao jogador Kocsis, da seleção húngara de 1954.

sexta-feira, 12 de setembro de 2003

Gentileza quase fatal

Hoje de manhã eu estava me vestindo quando o telefone tocou. Atendi e uma voz feminina mandou um “Senhor, Leonardo?”. Fiquei cabreiro, telefonema matutino me chamando de “senhor” não podia ser boa coisa.

– Sim – disse eu, quase num gemido.

– Aqui é fulana, sua gerente no Banco Real.

Aí que eu gelei mesmo. Minha conta não está no vermelho (ainda) e não estou devendo nada ao banco. Mas mesmo assim, fiquei repassando mentalmente todos os cheques emitidos desde 1996, imaginando que alguém tivesse limpado a conta ou comprado um iate no meu nome... Essas paranóias de praxe.

– Pois não – emendei, já num fiapo de voz.

– Estou lhe telefonando para desejar um feliz aniversário e mais uma vez me colocar à disposição.

Eu agradeci a gentileza, mas fiquei pensando: numa dessas, uma pessoa com as coronárias menos em dia acaba fazendo check out. Da próxima vez vou pedir para ela cantar “Parabéns pra você” antes de se identificar.

Ah, sim. Estou completando hoje 37 invernos assombrando este plano da existência.

quinta-feira, 11 de setembro de 2003

Chega de dívidas

Gente, dei adeus à pindaíba. Minha querida Selina enviou-me o endereço de um site maravilhoso para quem está precisando de dinheiro. Fui lá e descobri que posso levantar quase dez mil libras nas condições atuais.

Francamente, nunca imaginei que minha alma valesse tanto.

Vai você também.

quarta-feira, 10 de setembro de 2003

Preconceito é o seguinte...

Atenção galera

Está circulando pela Internet um e-mail com uma mensagem com uma série de frases muito cretinas atribuídas a Lula, do gênero “a maior parte de nossas importações vem de outros países”.

Muito engraçado, muito divertido, mas tem um detalhe: nenhuma das frases é realmente dele. São todas de George W. Bush, compiladas e datadas pela revista virtual Slate (clique aqui para ver mais).

Não que Lula não tenha sua própria coleção de citações infelizes. Só que elas não provêm de estupidez ou de – como no caso do antecessor dele – arrogância. Estão mais para elaboração atabalhoada de conceitos nem sempre errados. A melhor para mim é “Quero fazer do Brasil um líder dos países pobres”. Ok, mas qual o eleitor que deseja continuar a ser pobre?

De qualquer forma, esse e-mail que anda circulando é mais um exemplo do preconceito que ainda campeia por aí. Ele tem que ser burro – como se alguém, no Brasil, pudesse passar de retirante a presidente sendo burro...

Se, como Bush, ele tivesse nascido no seio da plutocracia da Nova Inglaterra e fosse inteiramente identificado com sua classe, aí sim, poderia cursar Yale sem ser um aluno mais que medíocre até ser eleito (ops, nomeado) presidente, mesmo dizendo coisas como “não penso muito em mim e nos motivos para fazer o que faço”.

Mas deve ser mais divertido ser preconceituoso, não?

terça-feira, 9 de setembro de 2003

É chato concordar, mas...

Do ponto de vista do ensino fundamental e do ensino médio, o ex-ministro Paulo Renato só não foi um zero à esquerda porque zeros à esquerda não atrapalham. No afã de produzir as estatísticas das quais os tucanos tanto gostam, permitiu a mais completa esculhambação da educação básica brasileira e contribuiu em muito para 75% dos nossos alfabetizados só o sejam no nome.

Mas, no ensino superior (a despeito de diversos erros e violências) a gestão anterior nos deixou a primeira e (até prova em contrário) melhor forma avaliação dos cursos universitários, da qual o Provão é apenas a face mais conhecida.

Paulo Renato publica hoje no Globo um artigo duro defendendo a avaliação atual e criticando a proposta apresentada ao MEC de desfigurar todo o sistema. O que mais me dói é ter que concordar com um sujeito que, em outros setores, fez atrocidades. Mas...

Se o ministro Cristóvam Buarque desfizer 10% das infelicidades do antecessor (as fábricas de analfabetos funcionais, a farra dos centros universitários etc.) já terá entrado para a História. Não precisa esculhambar as poucas coisas boas.
Glacê de titica

Experimente fazer um bolo (ou comprar, se não tiver intimidade com a cozinha) bem suculento, de preferência com um pouco de rum na massa, recheado com baba de moça ou doce de leite. Maravilha, não? Agora pegue um pote bem cheio de fezes. Pode ser de qualquer tipo, tanto faz. Cubra todo o bolo com ela – use uma colher de confeiteiro para ficar bonitinho, faça uma decoração fecal no bolo.

Repare uma coisa: o bolo perdeu completamente sua atração e sua finalidade, e nem por isso as fezes ficaram mais apetitosas – a não ser que você seja uma mosca ou tenha alguma perversão muito doentia.

Pensei nessa escatologia ao ouvir no rádio um troço chamado “Sing For The Moment”, no qual Eminem despeja sua usual boçalidade withe trash em cima de “Dream On”, primeiro sucesso do Aerosmith. Suas letras (se é que se pode usar a expressão) passaram da glorificação da violência para a auto-justificativa, mas não consegue sair do estacionamento de trailers. Refletem maravilhosamente a indigência mental que tomou conta da América e é festejada por aqui também.

“Ah, mas os autores permitiram.” Claro, isso representa dinheiro. Cada ameba que comprar o CD para ser chamada de cadela (“mulher” no estranho idioma rapper) vai estar contribuindo para a conta bancária de Stephen Tyler e Joe Perry. A coisa é cada vez menos show e cada vez mais business.

De qualquer forma, nessa receita o bolo fino que era “Dream On” deixou de ser comestível. Mas e o rap de Eminem, ficou mais apetitoso? Francamente? Acho que as moscas nem notaram.

quarta-feira, 3 de setembro de 2003

Vai ser só decepção?

Eu costumo dizer que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso só me deu uma decepção: sair candidato com um programa de direita e aliado à pior escória que a ditadura militar produziu. Dali em diante, não esperava nada de bom. O desmantelamento do Estado brasileiro e da indústria nacional, a formação dos monopólios privados, o desemprego galopante, a fragilidade da economia... tudo isso estava dentro da expectativa. As poucas coisas (a meu ver, claro) positivas contaram como bônus inesperados.

Com o governo Lula esta acontecendo para mim exatamente o inverso. Engolidas a aliança com o PL e a suavizada no programa de governo, ainda era, em síntese, o que se espera de um candidato de oposição: mudar o que não funciona, preservar o que funciona. Fui lá e votei, como havia votado nas eleições anteriores. Infelizmente, está sendo para mim uma decepção atrás da outra.

Ok, ok. No que se refere ao "mudar o que não funciona", especialmente na área econômica, ainda podem alegar a herança do governo anterior etc. etc. Claro que esse argumento se enfraquece a cada dia e logo vai perder a validade.

Mas não é isso que está me incomodando. O problema é ver práticas sórdidas da política sempre condenadas pelo PT (como apadrinhamento político em detrimento da qualidade do serviço público) serem adotadas pelo partido e defendidas pelos caciques. E não justifica dizer que "sempre foi assim". Para encarar o que "sempre foi assim" eu teria votado no PFL.

Conheço gente muito séria dentro do Inca e as histórias que essas pessoas contam são ainda piores que as publicadas nos jornais. Quantos outros centros de excelência estão sendo sucateados porque foram entregues a deputados, que nomearam parentes, que eram casados com outros políticos etc. etc. etc.?

Para mim, a cereja bichada nesse creme azedo veio hoje, ao ler no Globo que um relatório apresentado ao ministro da Educação, Cristovam Buarque, (e com toda pinta de ter sido bem recebido) pretende, na prática, acabar com o Provão, eliminando sua obrigatoriedade, fazendo-o por amostragem e atribuindo às próprias universidades a avaliação dos cursos. Francamente? Ao ler isso lamentei muito não ter anulado meu voto.

Educação sempre foi uma das minhas áreas de interesse - fui do Caderno Vestibular do Globo e, quando coordenador da editoria de País, sempre batalhei por mais espaço para o assunto. Por conta disso, acho que o ex-ministro Paulo Renato fez diversas barbaridades no afã tucano para fabricação de estatísticas - autorizar cursos relâmpago que dão diploma de ensino básico em seis meses, às vezes sem aulas, por exemplo. As estatísticas de alunos matriculados e portadores de diploma são lindas, mas do ponto de vista qualitativo produziram-se multidões de analfabetos funcionais.

Imaginava (ok, ok, esperava) que Cristovam fosse atacar esse tipo de coisa, ou a esbórnia dos "centros universitários" que não produzem uma linha de pesquisa ou fazem atividades extensão, mas gozam dos privilégios do título e cobram caro pelo diploma.

Em vez disso, o MEC avança numa das poucas coisas boas que seu antecessor de Cristovam fez. O Provão foi a primeira forma objetiva de avaliar a qualidade dos cursos - via qualidade dos formandos - e, junto com o sistema de avaliação feito pelo MEC nas instituições, pintou um quadro bem mais preciso do ensino superior brasileiro. Comprovou, entre outras coisas, a superioridade das universidades públicas e, por conta do boicote, o pavor que os cursos de Comunicação Social das supracitadas têm de serem avaliados por sua eficiência.

Mas não foi só isso, a avaliação obrigou diversas faculdades particulares a investirem, deu aos vestibulandos um parâmetro para saberem onde é melhor o curso que querem seguir e ainda permitiu ao bom aluno da faculdade não tão boa ter uma comprovação de sua qualidade.

Em vez disso, o grupo propõe que as instituições façam uma auto-avaliação que depois será checada por uma comissão. Burocracria tola; se a comissão vai checar mesmo, qual a necessidade da auto-avaliação? Já o Provão deixa de ser obrigatório e passa a ser feito por amostragem aleatória. E o resultado, claro, sem notas ou rankings de instituições.

As Faculdades Integradas São Furdúncio, que funcionam à noite numa salinha do Jardim Escola Leitãozinho Tarado, e não agüentavam mais levar conceito E, agradecem penhoradamente.

segunda-feira, 1 de setembro de 2003

Endereço certo

Com essa ninguém mais vai ficar perdido por aí nas madrugadas de bebedeira. Esta etiqueta vai garantir que você chegue em casa - mas não garante sua integridade física depois.



Cortesia da Bete

terça-feira, 26 de agosto de 2003

Saúde é o que interessa

Primeiro descobriu-se que pizza reduz o risco de câncer no estômago.
Depois que cerveja combate a osteoporose.
Agora que masturbação previne o câncer de próstata.

Moral da história: nunca foi tão fácil cuidar da saúde.

Contribuição do Blau, titular do Só de Onda

domingo, 24 de agosto de 2003

Dá pra processar

Juro que vou parar de pegar no pé do Skank, mas essa é irresistível.

No encarte do (bom) Cosmotron há um momento de merchandising explícito: a lista de instrumentos ou acessórios usados pelos integrantes da banda. Lá descobrimos que o baixista Lelo Zaneti usa baixos Yamaha.

Nada contra a prática, difundida nos anos 70 pelo Kiss – grande pioneiro na arte de ganhar dinheiro.

O problema é que em todas as fotos do encarte Zaneti aparece com um baixo Rickenbaker. Ok, ok, o Rickenbaker é uma jóia, foi meu sonho de consumo por anos a fio e, se eu tivesse um, também ia querer mostrar pra todo mundo. Maldade é arrancar dinheiro dos japas da Yamaha e depois posar com o instrumento da concorrência.

sexta-feira, 22 de agosto de 2003

Imagine nós...

Diz o Globo On Line que o ator Ewan McGregor teve depressão e encheu a cara regularmente por conta do trabalho em “Guerra nas Estrelas – Episódio I – A Ameaça Fantasma”, que classifica como cúmulo da chatice.

Podia ser pior: ele podia estar vendo Jar Jar Binks (como nós tivemos que ver), podia ter participado da cena em que Anakim Skywalker (não acredito que aquele viadinho mirim vá virar Darth Vader) disse “Mamãe, o problema do universo é as pessoas não ajudam umas às outras”, e, claro, podia ter pagado para ver aquela bomba, em vez de ganhar os tubos para usar uma trancinha e dar uns pulos.

Nós é que devíamos tomar um porre

quinta-feira, 21 de agosto de 2003

De barriga cheia

Não é por nada, não, mas a possibilidade de a governadora diminutiva estar grávida tem um certo sabor de vingança. Tem alguém fazendo com ela no sentido concreto o que ela está fazendo com o Estado do Rio no figurado.
Respeitem Gaston Leroux

Pô, galera. Chamar a bunda do Gerald Thomas de Fantasma da Ópera já é esculacho...

quarta-feira, 20 de agosto de 2003

Loura no cassino

Antes que a Gwynn me dê porrada...

Uma loura muito sensual entrou num cassino. Trocou dez mil dólares por fichas e dirigiu-se à mesa da roleta. Lá chegando, anunciou que apostaria todo o seu dinheiro e que acertaria os números em um único lance. E, fitando os dois empregados responsáveis pela roleta, acrescentou:

- Olha, espero que vocês não se importem, mas tenho mais sorte quando estou toda nua...

Dito isto, ela se despiu completamente e depois colocou as fichas todas sobre a mesa.

Inteiramente abestalhado, o "croupier" acionou a

roleta. Enquanto esta girava, a loura cantava:

- "MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS! MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS!"

Assim que a roleta parou, ela começou a dar grandes pulos e a gritar:

- GANHEI!!! GANHEI!!! QUE MARAVIIIIILHAAA!!! GANHEEEI!!!

Ela então abraçou e beijou cada um dos croupiers. Em seguida debruçou-se sobre a mesa e recolheu todo o dinheiro e as fichas. Vestiu-se rapidissimamente e se mandou.

Os croupiers se entreolharam boquiabertos. Finalmente, um deles, voltando a si, perguntou:

- No que que ela apostou, você viu?

E o outro:

- Eu não... Pensei que VOCÊ estivesse olhando...

Moral da história: Nem toda loura é burra, mas homem é sempre homem...

terça-feira, 19 de agosto de 2003

Tremenda injustiça

Com tanto americano merecendo um carro-bomba, matam um brasileiro. E, o que é pior, um brasileiro cuja missão no Iraque era tentar resolver algumas das diversas porcalhadas que Bush e sua turma vêm aprontando...

sexta-feira, 15 de agosto de 2003

Quina

Galera, fiz a quina. Infelizmente não foi nalguma loteria. Tinha cinco pedras na minha vesícula, que tomou uma denúncia vazia anteontem.

Olha, laparoscopia pode até ser simples e rápida. Mas se alguém disser que a recuperação é indolor, espanquem por mim.

segunda-feira, 11 de agosto de 2003

Reflexão importante

Mulheres são criaturas curiosas...

Tacam cera quente nas próprias pernas;
fazem tatuagem (hoje mais comum em mulheres que em homens);
furam o corpo para colocar piercing (idem);
encaram mensalmente as cólicas menstruais;
dão à luz;
tomam injeção de botox para paralisar o rosto;
fazem cirurgia plástica e agüentam orgulhosamente a dor da recuperação e
algumas tomam porrada (e gostam)...

... mas quando a gente pede para elas virarem, dizem logo: “Aí, não! Dóóói...”

Mandada pelo meu prezado Ricardo Benjo

Histórias de família V

Contei algumas histórias do lado Pimentel (materno), então nada mais justo que relatar algumas do ramo paterno (da Luz), até para mostrar que é desse lado que vem a tradição do kardecismo suíno.

Meu padrinho, irmão caçula do meu pai, trabalhava na Igrotec, uma empresa na Zona Norte. Lá era colega (e amigo, acreditem) de um cara chamado Sólon, que sofria de asma. Com todo o respeito aos que padecem desse mal, a doença tem um sério aspecto psicológico, pois nada detona mais facilmente uma crise do que ver-se privado da bombinha.

Para provar essa teoria, Tio Zeca escondeu a bombinha do Sólon no começo de um dia de trabalho. Como a vítima não deu pelo furto, continuou respirando normalmente. As horas se passaram e até meu tio esqueceu da brincadeira.

Depois do almoço, Tio Zeca teve que sair a trabalho e (claro) esqueceu de deixar com algum cúmplice a localização da bombinha. Vale lembrar que isso se passou na década de 70, quando celular no Brasil ainda era ficção científica.

Horas depois, meu tio voltou e encontrou um rebuliço no trabalho. Estavam todos em volta do Sólon, que, já roxo, puxava o ar com a maior dificuldade e repetia uma frase quase como um mantra.

“Hiiiinnm (onomatopéia de asmático tentando respirar), eu mato aquele filho da puta. Hiiiinnm, eu mato aquele filho da puta...”

O fato de eles terem continuado amigos prova que o ser humano perdoa qualquer coisa.

sexta-feira, 8 de agosto de 2003

Legalmente loura

Após seu longo curso de Direiro, a loura abre seu escritório.

No primeiro dia alguém bate na porta. Para marcar aquela presença, ela pega o telefone e pede para a pessoa entrar e esperar, e fica meia hora fingindo uma conversa.

- Sim, claro! Eu não perco uma causa! Esta está muito fácil...

O homem olha para ela com uma cara desconfiada!

- Com certeza, no próximo julgamento o Juiz nos dará sentença favorável e venceremos! (e assim ficou enrolando...)

Quando desligou, após aquela "longa conversa", toda educada pergunta:

- Pois não, cavalheiro, no que posso ajudá-lo?

O homem responde:

- Sou da Telefônica, vim instalar sua linha...

Essa quem me mandou foi o Nuno

quinta-feira, 7 de agosto de 2003

Decepção

Como sou velho, lembro-me da votação da Emenda Dante de Oliveira, através da qual tentou-se, em 1984, trazer de volta as eleições diretas ao país após vinte anos de ditadura militar. A emenda foi rejeitada porque os votos sim não atingiram a maioria qualificada de dois terços.

Lembro que, além do ódio profundo ao parlamentares do PDS (partido do governo que gerou PFL, PPB e PP) que votaram “não”, senti um desprezo igualmente profundo pelos que se abstiveram ou inventaram desculpas para não comparecer à sessão. A turma do “não” ao menos teve coragem de exercer sua canalhice. Os ausentes e abstencionistas foram canalhas covardes.

Esta semana tive uma forte decepção com o deputado federal Chico Alencar (PT-RJ), em quem votei diversas vezes para deputado estadual e prefeito. Ele e outros parlamentares do partido se abstiveram na votação da Reforma da Previdência. O caso aqui não é o mérito da reforma, mas a postura do parlamentar.

Babá e Luciana Genro botaram os seus na reta e votaram “não” contra a orientação do partido. Ficaram com suas convicções e, no frigir dos ovos, com os compromissos assumidos durante a campanha e a vida política. Certos ou errados, tomaram uma atitude e vão ser julgados por ela pelo partido e pelos eleitores.

Entre os que votaram “sim”, deve haver muitos que o fizeram contra suas convicções, para preservar a unidade e a disciplina partidária. Outros devem achar que a reforma realmente é fundamental para a governabilidade. Como eu disse, não estou discutindo o mérito do projeto. Esses deputados também tomaram uma atitude e vão ser julgados pelo eleitor.

Agora, como o eleitor pode julgar o deputado Chico Alencar e seus colegas? Se ele era contra a reforma, deveria honrar suas convicções, votar “não” e arcar com as conseqüências. Se achava que a decisão do partido deveria ser cumprida, devia votar “sim” e igualmente arcar com isso. Parlamentares não são eleitos para ficar no “nem contra nem a favor, muito pelo contrário”.

Em outubro do ano passado cheguei quase a votar nele, mas acabei ficando com o deputado no qual voto há bem uns 12 anos – mas recomendei-o a indecisos e me sinto profundamente constrangido por isso.

Em “Os Imperdoáveis”, o xerife Little Bill (Gene Hackman) diz a um repórter que até aceita um homem com mau caráter, mas nunca um sem caráter. Cada um decide se o “mau caráter” está no “sim” ou no “não”. Mas os “sem caráter” são que ficaram no meio.

quarta-feira, 6 de agosto de 2003

Histórias de família IV

Meu avô é um sujeito essencialmente bom. Não quer dizer que não tenha defeitos, mas está sempre pronto a ser solidário. Nisso, claro, entra nas piores frias.

Uma vez estávamos almoçando eu, ele e minha avó num restaurante aqui da Tijuca e falávamos exatamente sobre isso. Ele falou que agora não se metia mais em roubada. Só ajudava instituições sérias, como um leprosário em Minas que mandava nota fiscal, fotos etc. etc... Nem bem ele terminou de falar isso e entrou no Jornal Hoje (a TV estava ligada bem ao lado da nossa mesa) uma chamada bombástica: “Estelionatária em Minas dava golpes abusando da caridade alheia”. Uma advogada tambiqueira (categoria infelizmente cada vez mais comum) arrancava dinheiro de solidários de todo o país dizendo representar um leprosário – tinha até nota fiscal fria e fotos de um hotel fazenda que dizia serem do hospital. Diante da cara de estupor do velho, eu e minha vó conseguimos nos segurar por 0,001 segundo antes de explodirmos numa gargalhada.

Mas a história em questão não é essa não. Aconteceu nos anos 50, quando ele trabalhava no extinto IAPB, lá na Graça Aranha, Centro do Rio. Ia ele para o Castelo tomar o ônibus para a Ilha quando foi abordado por um sujeito amarelo com dois meninos pequenos. O amarelo não é figura de linguagem, não. Segundo meu avô, o homem estava com a pele amarela, mesmo.

Dada a tonalidade do sujeito, seu João não estranhou quando o dito disse sofrer de hepatite e explicou seu drama. Viera do interior do Estado para uma consulta no Hospital dos Servidores e tivera que trazer os filhos. Trazia apenas o dinheiro da passagem de volta, mas, como a consulta atrasara muito, tivera que dar de comer aos pequenos. Com isso, não tinha dinheiro para voltar para casa.

Meu avô, já quase com lágrimas nos olhos, viu quanto tinha no bolso e achou que não dava para três passagens intermunicipais. Como o homem parecia estar nas últimas, mandou que ele sentasse nas escadas da Igreja de Santa Luzia (na rua homônima) e foi parando os demais transeuntes para organizar uma coleta em prol do amarelo.

Eis que chega um guarda municipal aos berros perguntando que palhaçada era aquela, dizendo que ia levar todo mundo pro distrito etc. Assustado, o amarelo e sua prole deram no pé. Revoltado com a insensibilidade da otoridade, meu avô chamou o guarda às falas.

“Como é que você faz isso? O homem estava doente!!!”

“Que doente que nada, doutor. Aquilo é um trambiqueiro conhecido por aqui.”

“Você está louco? E a cor dele?”

“Passa o dedo na cara dele pra ver. Aquilo é maquiagem.”

O velho nunca se recuperou desse choque de realidade...

sexta-feira, 1 de agosto de 2003

Histórias de família III

Essa aqui é com a família alheia. Mais precisamente com a família do ator Eduardo Galvão – a quem meu avô sempre se refere como “aquele filho do Geraldo que aparece na TV”. Eles moravam perto dos meus avós no bairro dos Bancários, na Ilha do Governador.

Minha mãe não tem certeza se o protagonista foi o próprio Eduardo ou algum dos irmãos mais próximos da idade dele. De qualquer forma, era um dos mais novos e mais atentados de uma longa fila de meninos.

O guri, além de só ter contato com outros meninos, era tido como o responsável por tudo que acontecia de errado – as que ele aprontava e as que os mais velhos lhe imputavam.

Eis que um dia nasceu uma menina no clã e foram todos visitar. Lá pelas tantas a recém-nascida fez xixi e foi todo mundo acompanhar o ritual de troca de fraldas. Quando a fralda suja foi retirada, o menino não conseguiu conter o espanto diante daquela visão inédita. Vendo o susto, todos em volta olharam para ele, que, acostumado, foi logo se defendendo:

“Não fui eu, eu juro que não fui eu que cortei o piruzinho da neném!”
Histórias de família II

Essa aconteceu na mesma época – fim dos anos 40, início dos 50. Quando a situação permitia, meus avós iam flanar na fazenda do seu Schmidt, lá para os lados de Barra do Piraí. A casa do alemão era um proto-hotel-fazenda – sem os luxos modernos, claro. Os moradores da cidade se hospedavam lá para curtir a natureza, ver tirar leite da vaca (e passar mal com o leite puro) e andar na charrete puxada pelo jumento Gato Preto.

Numa dessas férias por lá, estavam todos os hóspedes juntos tomando aquele magnífico café-da-manhã de fazenda quando o anfitrião começou a brincar com a criança mais nova da mesa, minha madrinha, com uns três ou quatro anos.

“Focê está gostando da fassenda, Ifa Marria?”

Ela fez que sim com a cabeça.

“As coissas aqui son diferrentes das da citate, non?”

Ela fez que sim com a cabeça.

“E o que focê fiu de mais diferrente? Fala, Ifa Marria.”

Ela respondeu:

“O peru do Gato Preto. É graaaande.”

A gargalhada foi geral, mas meus avós queriam que um buraco na terra os tragasse.
Histórias de família I

Iniciozinho dos anos 50, na Vila Paraíso, em Vaz Lobo – bairro classificado pela minha adorada e saudosa avó como “cu de Madureira”. Dona Iva, a avó supracitada, havia proibido os filhos de brincarem na casa de determinada vizinha, pois a dita cuja bajulava as crianças com doces e refresco para saber todas as fofocas da vida alheia. Por conta disso, ficou furiosa ao ver o filho mais velho, então com uns sete anos, entrando na “casa proibida”.

Como o causo se passou antes de inventarem a psicologia infantil, Dona Iva armou-se de um chinelo, berrou um “Joãozinho!!!!” e ficou atrás da porta da casa esperando o filho chegar. Instantes depois, abre-se a porta, e ela, na tocaia, só vê o cabelo louro do guri entrando na sala.

Partindo do princípio que ele sabia porque estava apanhando, minha avó foi logo descendo o chinelo. Só que, na primeira pausa pra respirar, notou que a cara do filho não era exatamente a cara do filho. Era Miguel, caçula de uma família de judeus europeus que morava na Vila – da mesma altura que meu tio e com o mesmo cabelo louro. Para piorar o choque, o menino, aos prantos, disse:

“Ai, Tona Ifa, a minha mãe xá me pate tanto. Agorra a senhorra fai me pater tampém?”

Sendo mãe, ela sabia que poucas coisas revoltam mais que ver um adulto batendo no seu filho. Desesperada, pegou o menino, correu para a casa dele, contou a história para a família e preparou-se para ser fulminada. Para sua surpresa, a mãe do Miguel abriu um sorriso e disse:

“Nom fique assim, Tona Ifa. Ele tampém me desopeteceu e ia apanhar quando chegasse em cassa. A sernhorra só me poupou trrapalho.”

Fosse hoje, aposto que iam acusar minha avó de anti-semitismo.

sexta-feira, 25 de julho de 2003

Onde dói

Se você estava decepcionado por Maluf ter passado só algumas horas numa delegacia francesa, anime-se. A justiça das terras de Catherine Deneuve acertou o turco onde mais dói. Segundo a Folha On Line, a juíza Marivonne Caillibotte bloqueou a conta na qual o ex-prefeito tinha alegados US$ 1,5 milhão para “despesas da mulher”.

A bufunfa vai ficar presa enquanto durar o processo, que pode levar meses ou até anos.

Numa boa, mesmo para um Maluf, ver-se privado de um milhão e meio de verdinhas é um golpe duro...

quinta-feira, 24 de julho de 2003

Carpe Diem, baby

Peguei emprestado o título dessa canção do Metallica para falar de alguns comentários sobre a detenção de Maluf na França. Realmente é chato ele ter ficado só algumas horas na delegacia, realmente eu preferia que ele continuasse preso - aliás, preferia que ele virasse adubo. Mas, saber que ele foi tirado do banco pela polícia, levado para uma delegacia para se explicar e, melhor ainda, que toda a imprensa brasileira ficou sabendo é algo bom demais para ser descartado.

Vamos curtir, sim. Maluf volta da Europa ainda menor do que foi. Nunca mais vai poder usar aquela empáfia e dizer que não tem dinheiro no exterior. Tem sim, e até a justiça francesa desconfia que é sujo.

Como eu disse, preferia que ele, como bom cristão, estivesse curtindo uma loooooooooooooonga temporada no Inferno. Mas foi bom demais ver o que aconteceu hoje.

Mais uma vez obrigado Tutatis e Belisama.
Homenagem

Aliás, em honra ao panteão francês, vale hoje acender umas velas para Tutatis, Taranis, Belenos e Belisama!
Que delícia

Depois perguntam por que eu adoro a Europa... A polícia francesa prendeu hoje o ex-prefeito Paulo Maluf, segundo notícia da GloboNews.com. Tudo bem, ele pode nem esquentar a cela, mas já dá um gostinho maravilhoso.

terça-feira, 22 de julho de 2003

EU SABIA! EU SABIA!

Pro inferno com as saladinhas, os legumes e outras porcarias insossas que a gente acaba comendo pra “levar uma vida saudável”. Cientistas do Instituto de Pesquisa Farmacêutica Mario Negri, em Milão, concluíram que o consumo regular de pizza reduz em 59% o risco de câncer de esôfago, 26% de câncer de cólon e 34% de câncer na boca. A informação está na BBC.

Claro que logo aparecem malas pra cortar o barato – provavelmente a soldo de plantadores de espinafre e outros farsantes finalmente desmascarados. Alguns “especialistas” levantam dúvidas sobre os resultados das pesquisas. Besteira. Depois da pizza contra o câncer, o próximo passo é mostrar que o bacon combate a leucemia, que Cheddar MacMelt cura enxaqueca e que sexo oral feito por modelos de 19 anos previne enfartes.

quinta-feira, 17 de julho de 2003

Suvaco portátil

A senhora dorme sozinha toda noite? Já nem lembra como é sentir o aconchego dum suvaco? Seus dias de solidão acabaram. Importamos do Japão o exclusivo Marido Simulator. Com ele você vai saber o que é um braço em volta de seus ombros quando for dormir.
Disponível em três versões:
Standard (foto)
Reality: com odor artificial de cecê e ronco gravado.
Luxo: com vibrador erótico (pilhas não incluídas)


terça-feira, 15 de julho de 2003

Burros somos nós

Por recomendação de um visitante anônimo, registramos aqui a sexta acepção que o dicionário Huaiss aceita para a palavra "grelo":

"Regionalismo: Portugal.
fita que orna a pasta dos estudantes do 4º ano e que se queima, em antiga praxe na Universidade de Coimbra"

Ou seja, pelo menos entre os alunos da renomada universidade, queimar um grelo é prática comum e antiga.

E tem gente que não gosta...
Aliás

Só para fins de registro, vejam abaixo as definições do Aurélio para “rebanho”:

rebanho
[De or. incerta.]
S. m.
1. Porção de gado lanígero.
2. P. ext. O total de qualquer espécie que constitui gado para corte.
3. Porção de animais como carneiros, cabras, etc., guardados por pastor.
4. Grande número de certos quadrúpedes que vivem em hordas, de ordinário em estado selvagem: 2 [Substitui, nesta acepção o coletivo apropriado para cada espécie animal.]
5. Fig. Conjunto de fiéis, em relação a seu pastor, Papa, bispo ou pároco.
6. Fig. Grupo de pessoas que se deixam levar sem manifestar opinião e vontade próprias.
Boçalidade importada

Simpático carioca, se no fim deste mês você sentir no ar um insuportável mau cheiro, não culpe a mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas ou o despejo de esgotos na Baía da Guanabara.

O previsível fotum virá da presença na cidade de uma das mais deprimentes criaturas que os Estados Unidos conseguiram produzir nos últimos anos: o pastor e radialista Pat Robertson, que vem falar ao seu rebanho tupiniquim num evento no RioCentro.

Robertson foi o infeliz que classificou os atentados de 11 de setembro como “castigo de Deus” pela América ser tolerante com os homossexuais. Mais recentemente, deu início a uma corrente de orações para retirar da Suprema Corte dos EUA três juízes tidos como liberais e substituí-los por conservadores. O pastor e seu rebanho não se conformam com decisões como a que proibiu escolas obrigarem seus alunos a rezar e, mais recentemente, a anulou as leis estaduais que puniam com prisão adultos que praticassem sexo anal dentro de suas próprias casas.

Francamente, o Rio não merecia mais esse “presente”.

segunda-feira, 14 de julho de 2003

Curtinhas

Como é que se chama um traficante armado até os dentes?
- É melhor chamar de senhor...

Na sala de aula:
- Juquinha, em quantas partes se divide o crânio?
- Depende da porrada, professor...

Qual a diferença entre um político atropelado e um cachorro atropelado?
- Antes do cachorro, há marcas de freada.

Conversa de casados:
- Querida, o que você prefere? Um homem bonito ou um homem inteligente?
- Nem um, nem outro. Você sabe que eu só gosto de você.
Gravação Eletrônica do Instituto de Saúde Mental

"Obrigado por chamar o Instituto de Saúde Mental, a companhia mais saudável em seus momentos de maior loucura.

Se você é obsessivo compulsivo, tecle repetidamente 1.

Se você é co-dependente, peça a alguém que tecle 2 por você.

Se você tem múltiplas personalidades, tecle 3, 4, 5 e 6.

Se você é paranóico, nós sabemos quem é você, sabemos o que faz e sabemos o que quer. Espere na linha enquanto rastreamos a sua chamada.

Se você sofre de alucinações, tecle 7 e sua chamada será transferida para o Departamento de Elefantes Cor-de-rosa.

Se você é esquizofrênico, escute atentamente... uma vozinha lhe dirá que número pressionar.

Se você é depressivo, não importa que número escolha, ninguém irá lhe responder.

Se você sofre de amnésia, tecle 8 e diga em voz alta seu nome, endereço, telefone, número da identidade, data de nascimento, estado civil e o nome de solteira de sua mãe.

Se você sofre de indecisão, deixe sua mensagem logo que escutar o sinal... ou antes do sinal...ou depois do sinal...ou durante o sinal. De qualquer maneira, aguarde o sinal...

Se você sofre de perda de memória a curto prazo, tecle 9.
Se você sofre de perda de memória a curto prazo, tecle 9.
Se você sofre de perda de memória a curto prazo, tecle 9.
Se você sofre de perda de memória a curto prazo, tecle 9.
Se você sofre de perda de memória a curto prazo, tecle 9.

Se você tem baixa auto-estima, por favor aguarde.
Todas as nossas telefonistas estão ocupadas atendendo pessoas mais importantes.

Obrigado.

Mais uma da anja Isab'el
Tabela de Anjos

Como todos os estudiosos sérios, teólogos e rabinos sabem, as tabelas de anjos foram criadas sem fundamento, sendo assim seguem em anexo as novas descobertas nos estudos desses seres mitológicos.

Mot'el - anjo protetor dos amantes.

Sarapat'el - protetor do Engov e anti-ácidos em geral.

Abravan'el - protege quem topa tudo por dinheiro, principalmente os jogadores de Tele-Sena. Só aparece aos domingos.

Alugu'el - anjo mau. Não deixa a pessoa conseguir sua casa própria.

Embrat'el - anjo protetor do monopólio das comunicações.

Chan'el - anjo protetor dos costureiros e estilistas.

Pin'el - anjo travesso. Faz as pessoas baterem com o sorvete na testa e babarem na gravata.

Papai no'el - anjo protetor do comércio. Só aparecem no fim de ano.

Ton'el - protetor dos alcoólatras anônimos e bêbados em geral.

Bed'el - anjo dedo-duro. Protege as escolas dos alunos arruaceiros.

Quart'el - protege as fronteiras.

Past'el - protetor da colônia japonesa.

Samu'el - anjo protetor da poupança.

G'el - protege as pessoas com cabelos ruins e rebeldes.

Bord'el - anjo protetor do sexo grupal.

Bab'el - protetor da escola de línguas.

Mano'el - protetor das piadas preconceituosas.

Pap'el - anjo protetor daqueles com intestinos soltos.

Anat'el - como qualquer outro órgão do governo não serve para nada.

Essa foi cortesia da Isab'el - anja protetora dos amigos sem idéias para o blog

quinta-feira, 10 de julho de 2003

Vox Populi

Ouvido hoje nas ruas, durante o protesto dos estudantes pela Lei do Passe livre:

"Garotinho e Silveirinha
Eles nunca andam só
Quando saem pra passear
Levam a Rosinha Pocotó
Pocotó-pocotó-pocotó"

Enviada por um amigo cujo nome eu vou omitir em prol da segurança dele.

domingo, 6 de julho de 2003

Eu disse, eu disse

Dias atrás eu publiquei uma maldade (elogiosa, acreditem) dizendo que "Dois Rios", nova canção do Skank, tinha os dois pés no Clube da Esquina. Lendo crítica do disco na Veja eu confirmei e descobri o motivo. A música é parceria do grupo com Nando Reis e Lô Borges - aliás, eu disse que dava a impressão que ele ia entrar cantando, tão "a cara dele era a música".

Veja diz que o disco está mais para britpop à Oasis - mas não precisava cruzar o Equador e o Atlântico para encontrar a infulência mais forte dessa canção em especial.

sexta-feira, 4 de julho de 2003

Foi ele quem pediu...

Essa é boa demais para ser verdade, mas foi publicada no site da rádio WPXI, de Pittsburg. Um pregador convidado estava deitando falação na Primeira Igreja Batista de Forrest, Ohio, quando, em meio a um sermão sobre arrependimento, pediu a Deus que mandasse um sinal. No mesmo instante um raio atingiu a igreja, provocando um incêndio que causou um prejuízo de vinte mil dólares.

Ou seja, Deus estava até ouvindo, mas não parecia gostar nada do sermão...

quinta-feira, 3 de julho de 2003

Tomara que tenha diet

Sei que ainda falta para setembro, mas fica a sugestão de bolo de aniversário...


segunda-feira, 30 de junho de 2003

Utilidade pública

Apesar d’eu achar que esse negócio de responsabilidade social é coisa de manifestante da Avenida Paulista, o Espírito de Porco quer dar início a uma campanha para ajudar a juventude brasileira.

Compareci na semana passada ao lançamento de "Manual do Mané", escrito a seis mãos pelos meus queridos Arthur Dapieve, Sérgio Rodrigues e Gustavo Poli. Constatei, e disse ao presentes, que, se tivesse lido o livro aos 12 anos, minha vida seria outra. Agora é tarde, a manezice se instalou inexoravelmente.

Mas, se toda uma geração de Manés está irremediavelmente perdida, há esperança para as gerações futuras. Que o MEC adote o Manual do Mané no ensino fundamental. Que os jovens aprendam desde cedo o que não fazer para ter uma vida sexual animada.

Até porque não adianta nada ensinar educação sexual pro garoto sem dar a ele uma chance mínima de botar aquele conhecimento em prática.
Supermercado

O que você pode fazer no supermercado enquanto a sua mulher/ seu marido está gastando tempo fazendo compras:

1. Vá buscar muitas caixas de preservativos e deixe uma em cada carrinho por onde passar, enquanto o respectivo dono estiver distraído.

2. Vá junto de um empregado e diga-lhe numa voz oficial "Temos um código 3 no armazém" Depois veja o que acontece.

3. Desafie os outros clientes a fazerem um duelo com rolos de papel higiênico.

4. Abra uma tenda no departamento de campismo e diga aos outros que os convida se eles trouxerem almofadas

5. Olhe bem de frente para a câmara de vigilância utilize-a como espelho enquanto limpa o nariz.

6. Pegue em todos os bonecos do setor de brinquedos e disponha-os no chão de modo a formar um campo de batalha gigante.

7. Vá ao setor das armas, pegue numa espingarda e, com um ar de louco, pergunte no balcão de informações se sabe onde estão os anti-depressivos.

8. Vagueie com um ar suspeito enquanto murmura o tema da "Missão Impossível"

9. Esconda-se entre os ternos quando alguém chegar perto, diga "Leve-me! Leve-me!"

10. Quando ouvir uma chamada ou um anúncio nos alto-falantes do supermercado, encolha-se numa posição fetal e grite "NÃO!!! Outra vez aquela voz!!!"

11. Vá até os sanitários e grite bem alto "Hei! Não tem papel higiênico aqui!"

12. Quando sair dos sanitários individuais, tranque a porta por dentro e saia por baixo da porta (repita esta operação em todos os sanitários). Se alguém o apanhar, diga que "a porta ficou trancada!!!"

Mandada pela minha querida Martha

sexta-feira, 27 de junho de 2003

Recém-chegados ao clube

Vim para o trabalho ouvindo no rédio "Dois Rios", bela canção nova do Skank. Mas não pude deixar de ter um pensamento maldoso: Músicos mineiros podem começar tocando reagge, ter a postura niilista que for, mas (se tiverem alguma competência) acabam sempre no Clube da Esquina. Quando começa a música, você jura que o Lô Borges vai entrar cantando, e o final fica pedindo um solo do Toninho Horta.

Em tempo: pode não parecer, mas isso é um elogio aos caras do Skank. Por mais bonintinha que seja, aquela menininha do Pato Fu não conseguiria nem ser garçonete no Clube da Esquina.

terça-feira, 24 de junho de 2003

Coisa de brasileiro

Relatado por um brasileiro em viagem pela Europa...

Para que pudéssemos andar de trem livremente na Europa, compramos o Eurailpass. É um bilhete onde vc coloca a data e pode andar de trem naquele dia pra onde quiser.

Tínhamos comprado o de 15 dias. O aproveitamento tinha que ser o máximo.

Chegando à Alemanha, tínhamos de ir de Hamburgo para Munique. O problema é que tinha apenas um trem, non-stop, que satisfazia nosso horário. O próximo sairia muito tarde. Outro problema era que o trem não aceitava o maldito bilhete... Mas como brazuca se acha mais esperto que o mundo todo, surgiu o seguinte raciocínio, compartilhado por quase 30 cabeças: "Vamos entrar no trem assim mesmo! Como ele é non-stop, não poderão colocar a gente pra fora." E lá foi a brasileirada trem adentro.

Com o trem já em movimento, chega a mulher pra conferir os bilhetes. O primeiro a ser interpelado fui eu. Logo, eu fui a cobaia.

A mulher pegou o bilhete, virou-se pra mim e disse aos berros: -"Spraichen Deutch ??" Eu disse : "No" -"Speak English?" Respondi:
"Yes"

Ela concluiu: -"Get out, right now!!!" Eu ainda pensei: Será que eu vou ter que me atirar pela janela? A infeliz pegou um intercomunicador, resmungou alguma coisa e, acreditem, o trem non-stop parou na próxima estação.

Os alemães foram todos para a janela para ver qual seria o motivo de um trem non-stop parar. Já ciente da minha expulsão, avisamos os demais brazucas para saírem também, pois o bicho ia pegar.

Cenário montado: Trem non-stop parado, todos os alemães na janela pra saber o motivo e uns trinta brazucas sendo expulsos. Então uma alma teve a idéia brilhante: "Aí, galera!! Não vamos levar este mico pra casa, não!!!"

E desembarcamos gritando em coro:

"AR-GEN-TINA! AR-GEN-TINA! AR-GEN-TINA!..."

Enviado pela Cláudia Manes

sexta-feira, 20 de junho de 2003

Mal na foto

Olhando as fotos do encontro de Lula com o presidente George W. Bush, fiquei me perguntando como uma pessoa tão ignorante, tão visivelmente despreparada, tão incapaz de entender os problemas de governar um grande país e que ainda assume descumprindo o que prometeu na campanha pode chegar numa posição dessas?

Se eu fosse o Lula ia ter vergonha de aparecer com um cara desses na foto...
Que fim levou a chilena?

Já que o assunto é entrevista coletiva, vou desencavar uma história do fundo do baú e mostrar como sou velho.

Meu debut como jornalista aconteceu no Rock In Rio, em 1985. De certa forma foi algo inédito para toda a imprensa brasileira e latino-americana, pois nunca tivemos tantos artistas de peso ao mesmo tempo. Por conta disso, as entrevistas coletivas, todas no Hotel Rio Palace, foram concorridíssimas. Perguntou-se (e respondeu-se) muita besteira, mas uma personagem ficou na memória de todos: uma jornalista chilena cujo nome estava em algum cluster queimado do meu HD cerebral.

De qualquer forma, a chilena tinha uma missão espinhosa. Mais que fazer perguntas, ela tinha que divulgar o festival de Viña Del Mar e fazer com que os artistas falassem sobre o Chile. O problema é que o país vivia ainda a brutal ditadura do general Pinochet (que ele morra lentamente e reencarne como couro de repinique num sábado de Carnaval), e qualquer menção à situação política lá seria censurada.

A diversão começou logo no primeiro dia, na entrevista do Whitesnake:

Chilena: Vocês conhecem algo sobre o Chile que não seja política?
David Coverdale (fazendo cachinhos nas pontas da cabeleira): não.

Foi aquele silêncio constrangedor...

Logo em seguida entrou na sala George Benson, e lá foi ela de novo:

Chilena: Você está a par do grande festival que vai acontecer em Viña Del Mar, no Chile?
George: Não.

Dessa vez um ou outro não conseguimos segurar um risinho.

Mas o melhor do dia ficou por conta de Nina Hagen:

Chilena: Você conhece algo sobre o Chile que...
Nina (sem nem esperar a tradução e num espanhol impecável): É uma ditadura fascista e assassina.
Chilena (quase tendo um filho): Não, algo que não seja política.
Nina: É só o que me interessa.

Assim os dias se passaram, com a chilena repetindo suas perguntas e recebendo variações mais ou menos gentis de “não”, até que chegou o ponto alto, na entrevista do Iron Maiden.

É preciso dizer que essa entrevista em particular foi um desastre, pois o tradutor era extremamente ruim. Para se ter uma idéia, um coleguinha perguntou qual era a melhor coisa no Iron Maiden. O infeliz traduziu primeiro como “qual o melhor disco do Iron Maiden” e depois como “quem é o melhor no Iron Maiden”. Foi preciso que um dos jornalistas traduzisse corretamente a pergunta para que a banda respondesse serem os shows.

Mas, voltemos a nossa heroína...

Quando ela perguntou se eles conheciam algo sobre o Chile, o tradutor mandou “what do you think about Chile”, numa pronúncia apavorante.

Confundido pela pronúncia, o baterista Nicko McBrain abriu um sorriso de respondeu: “Adoro chili com feijões.”

Pra quê? A mulher se ofendeu e começou a berrar que exigia respeito com o país dela etc. Nicko (simpático como a maioria dos bateristas) pediu mil e uma desculpas e a paz pareceu voltar.

Só que aí o assunto passou para Eddie, o cadáver-mascote do grupo, o que motivou o seguinte diálogo:

Chilena: Vocês não acham que as crianças de assustam com Eddie?
Bruce Dickinson: Não. É como o monstro de Frankenstein, foi concebido para ser assustador, mas as crianças gostam dele.
Chilena: Mas os meus filhos se impressionam com o Eddie.
Bruce Dickinson: Olha, minha senhora, criança quando é bem educada não fica se impressionando à toa.

A gargalhada geral que se seguiu marcou o fim da participação da chilena no festival. Não sei se ela prestava como jornalista, mas foi uma das melhores comediantes que já vi.
Diálogos X-Crotos XVIII

Quando o Metallica esteve aqui, em 1989, uma fã se infiltrou na entrevista coletiva do grupo, alegando escrever para um fanzine. Lá pelas tantas, a menina superou o deslumbramento e quis saber se seus ídolos compartilhavam de seus ideais:

Fã: Vocês têm alguma preocupação com ecologia?
James Hetfield: Nããão. Pode matar as baleias, incendiar as florestas... Estamos cagando pra isso.
nu-Metallica

Povo. Este post está um pouquinho atrasado porque eu queria ouvir com atenção “St. Anger”, novo disco do Metallica. Na semana passada, troquei e-mails com meu prezado Arthur Dapieve a respeito do assunto. Como eu ainda não tinha ouvido o disco direito, falamos mais sobre as críticas que estavam saindo com erros de informação e de conceito dolorosos, e ele me disse que esse seria o assunto de sua coluna de sexta-feira 13 no Globo – clique aqui para ler a coluna dele, estreando a página de arquivos Pensata de Porco.

Antes de mais nada, vamos deixar clara uma coisa: sou fã do Metallica. Fã de ter e ouvir todos os discos e mais uns dois ou três piratas, incluindo Live in Woodstock. Mais, sou fã de heavy metal como gênero, que ouço há pelo menos uns 27 anos. Tirando o nu-metal americano, gosto de praticamente todas as vertentes.

Voltando ao tema principal, depois de ler a coluna e ouvir o disco, tenho que dizer que o Dapi foi bonzinho, tanto com os críticos quanto com “St.Anger”. Tem gente por aí dizendo que o disco é uma volta ao velho som do Metallica. Para dizer isso, é preciso nunca ter ouvido “Kill’em All” ou “Ride the Lightning”. É preciso não gostar de heavy metal e achar que peso é tudo igual. Pensando assim, claro: “Ah, os primeiros discos do Metallica eram muito pesados. Este disco é muito pesado. Dã, então estão voltando ao som antigo então”. Só se for na seção de lançamento de discos do jornalzinho da Escola Colibri.

Para resumir ao extremo, não é um disco do Metallica. Poderia ser gravado por qualquer grupinho de nu-metal que não faria diferença. Kirk Hammet – que mostrava desde a longínqua “Hit The Lights” ser um dos melhores solistas de sua geração – passa batido pelo disco. Um crítico carioca chegou a sair com uma de que o disco exigia mais técnica da mão direita. Bem, na minha terra o que exige mais técnica de mão direita é punheta. Os guitarristas de nu-metal não solarem é compreensível, já que ninguém no gênero parece ter muita intimidade com os instrumentos. Mas esse nunca foi o caso do Metallica.

A bateria de Lars Ulrich é outra coisa assustadora. No lugar de sua caixa inconfundível botaram uma lata que às vezes parece mais uma marimba de tão aguda – sem contar que algumas passagens têm um cheirinho (melhor dizendo, uma catinga) inconfundível de overdub. Como o próprio Dapi comentou em e-mail, um ser humano precisaria de seis braços de dois corações para desenvolver aquela velocidade. Mas mesmo essa velocidade é vazia, acaba caindo nos poucos fraseados burros de bumbo e caixa que fazem a alegria dos caras nas terras do Tio Sam.

Ok. É realmente difícil apontar caminhos novos no rock pesado. Alguns nem tentam, como o Iron Maiden, que grava o mesmo disco desde “Powerslave”. Outros – com destaque para Rush, Queensrÿche e o próprio Metallica (nos subestimados “Load” e “Re-Load”) – tentaram sem que o esforço fosse recompensado. Os três cometeram um erro de avaliação fatal no mercado americano – acrescentaram coisas ao gênero, tornaram-no mais rico. Na Europa isso cola, nos EUA, não. O que se vê lá é que o heavy metal só muda por subtração – tiram-lhe a alma, a habilidade, a criatividade. Uma geração boçal requer mesmo uma trilha sonora boçal. Só não precisava o Metallica aderir à boçalidade.

quarta-feira, 18 de junho de 2003

Só mais uma

Gente. Se levarmos em conta a correspondência forjada entre Paulo e Sêneca (datada de depois da morte do filósofo), a falsificação de trechos da obra de Flávio Josefo para incluir referências a Jesus, a destruição dos registros do proconsulado de Pilatos na Judéia (feita já durante o reinado de Constantino) e o sudário – só para ficar nos casos mais flagrantes –, não é de se surpreender que arqueólogos israelenses tenham descoberto serem falsas as inscrições com os nomes de Jesus, José e Tiago numa urna funerária. E olhe que não levantar falso testemunho (eufemismo para mentir) é um dos dez mandamentos...

quinta-feira, 12 de junho de 2003

Mas, por força do hábito...

Sou forçado a registrar mais uma do Fernando: casar no dia dos namorados. Pode até ser romântico, mas garante que ele só vai precisar comprar um presente nos anos vindouros...
Dia da caça...

Hoje minha irmã Maria Cristina e o Fernando se casaram numa cerimônia civil. Como eu contei para vocês a volta que ele deu em mim e no meu outro cunhado no anúncio do noivado, nada mais justo que registrar aqui que a família almoçou às custas dele no restaurante Umas & Ostras, do qual ele é sócio. Se o bolinho de bacalhau deles já é excelente, de grátis fica melhor ainda!

Felicidades ao novo casal.

quarta-feira, 11 de junho de 2003

Serviço completo

A gente acha que as empresas de mudanças no Brasil oferecem muitas mordomias, mas vejam só o que duas brasileiras descobriram no Chile...

segunda-feira, 9 de junho de 2003

Consultório sentimental

Já pensaram como seria se os consultores sentimentais das revistas femininas fossem homens? Eis alguns dos conselhos que provavelmente seriam dados:

Questão: O meu marido insiste em ter relações sexuais comigo e com a minha irmã ao mesmo tempo.
Conselho: O seu marido claramente é devoto a você. Não consegue estar sem você e, por isso, às vezes sente necessidade de recorrer a melhor coisa que existe no mundo além de você: a sua irmã. Longe de ser um problema, este comportamento pode contribuir grandemente para a união familiar. E, sendo assim, por que não envolver também algumas primas? Se você ainda continua apreensiva sobre esta questão, então deixe-o ter sexo com as suas primas e, enquanto isso, saia, compre-lhe um presente caro e prepare-lhe uma boa refeição.

Questão: O meu marido sai muitas noites por semana com os amigos.
Conselho: Isto é um comportamento perfeitamente natural e deve ser encorajado. O homem é um caçador e precisa provar a sua aptidão perante os outros homens. Longe de ser agradável, uma noite com os amigos é algo extremamente estressante, e voltar para casa um é alivio. Repare na expressão de alegria que ele ostenta quando chega em casa. Compre-lhe um presente caro e prepare-lhe uma boa refeição... E nunca, mas nunca, mencione que não gosta que ele saia.

Questão: O meu marido não sabe onde fica o meu clitóris.
Conselho:O seu clitóris não diz respeito ao seu marido. Se você tiver mesmo que mexer constantemente no seu clitóris, faça-o quando
estiver sozinha. Para aliviar a sua culpa por ser tão egoísta, compre-lhe um presente caro e prepare-lhe uma boa refeição.

Questão: O meu marido não tem interesse nenhum nas preliminares.
Conselho: Preliminares são muito dolorosas para o homem. O que acontece, em verdade, que você não ama o seu marido tanto quanto devia e obriga-o a um esforço suplementar para despertar em você o desejo sexual. Deixe de ser egoísta e, para compensar, compre-lhe um bom presente e prepare-lhe uma boa refeição.

Questão: O meu marido nunca me fez atingir o orgasmo.
Conselho: O orgasmo feminino é um mito concebido e fomentado por feministas que não dão valor à união familiar. Não volte a mencionar esta questão ao seu marido e, para lhe demonstrar o seu afeto, compre-lhe um presente caro e prepare-lhe uma boa refeição.

Questão: Como saberei se estou pronta para o sexo (Esta ainda não casou)?
Conselho: Pergunte ao seu namorado. Ele, e só ele, saberá quando a hora exata chegar. No que diz respeito a amor e sexo, os homens são em regra mais responsáveis, porque, ao contrário das mulheres, não se deixam perturbar por confusões de ordem emocional.

Questão: Deverei ter sexo no primeiro encontro?
Conselho: SIM. Ou, se possível, antes.

Questão: O que acontece exatamente durante o ato sexual?
Conselho: Mais uma vez, cabe inteiramente ao homem decidir. A coisa mais importante a ser lembrada é que você dever fazer tudo o que ele disser, sem contestar ou sem se recusar a seja o que for. Se, por acaso, alguma das coisas que o seu parceiro lhe pedir para fazer parecer-lhe algo estranho, faça-a assim mesmo para o seu próprio bem.

Questão: Quanto dever durar o ato sexual?
Conselho: Não existe uma duração média definida. De qualquer forma, qualquer relação acima de 2 minutos é bastante boa. Qualquer coisa abaixo disso a culpa sua, que está precipitando o seu marido. Depois de terminar, se o seu marido sentir um desejo natural de deixá-la sozinha e sair com os amigos para beber umas, não se sinta abandonada e, enquanto ele está fora, contribua para a harmonia familiar, limpando a casa, lavando suas (dele) roupas e, claro, preparando-lhe uma boa refeição e depois, comprando um presente caro pra ele.

Questão: O que fazer após o sexo?
Conselho: Após fazer amor, o homem necessita recuperar as suas energias masculinas. O "Pós-Sexo" inclui uma lista de coisas que devem ser feitas pela companheira: preparar-lhe um sanduiche ou uma pizza, acender-lhe o cigarro, trazer-lhe umas cervejas ou deixá-lo dormir em paz, enquanto sai e lhe compra um presente caro e prepara uma boa refeição.

Questão: O tamanho do pênis tem alguma importância?
Conselho: SIM. Embora as mulheres pensem que o importante é qualidade e não quantidade, estudos científicos provam que não é bem assim. Qualquer pênis que, quando ereto, tenha mais de 7cm está acima da média. Algo maior do que isso é extremamente raro e você devera juntar as mãos para o céu em sinal de agradecimento. Para mostrar o seu agrado, lave, passe, compre um presente caro e, por fim, prepare-lhe uma boa refeição.

Mais uma do Ângelo
Provavelmente apócrifas

Vestibular UFRJ

As redações do vestibular 2002 da UFRJ acabam de ser corrigidas.Eis as pérolas deste ano:

a.. Sobrevivência de um aborto vivo (título);
b.. O Brasil é um País abastardo com um futuro promissório;
c.. O maior matrimônio do País é a educação;
d.. Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigerados que aumenta
e.. Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola;
f.. O bem star dos abtantes endependente de roça, religião, sexo e vegetarianos, está preocudan-do-nos;
g.. É preciso melhorar as indiferenças sociais e promover o saneamento de muitas pessoas;
h.. Também preoculpa o avanço regesssivo da violência;
i... Segundo Darcy Gonçalves (Darcy Ribeiro) e o juiz Nicolau de Melo Neto (Nicolau dos Santos Neto.

HISTÓRIA
a.. O Hino Nacional Francês se chama La Mayonèse...
b.. Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado.
Resposta a uma pergunta: "Não cei".
c.. Entres os índios de América, destacam-se os aztecas, os incas, os pirineus, etc.
d.. A História se divide em 4: Antiga, Média, Moderna e Momentânea (esta, a dos nossos dias).
e.. Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.
f.. Resposta à pergunta: "Que entende por helenização?": "Não entendo nada".
g.. No começo os índios eram muito atrazados mas com o tempo foram se sifilizando. (Essa pode ser ironia)
h.. Entre os povos orientais os casamentos eram feitos "no escuro" e os noivos só se conheciam na hora h.
i.. Então o governo precisou contratar oficiais para fortalecer o exército da marinha.
j.. Em homenagem a Gutenberg, fizeram na Alemanha uma estátua, tirando uma folha do prelo, com os dizeres: "e a luz foi iluminada".
k.. No tempo colonial o Brasil só dependia do café e de outros produtos extremamente vegetarianos.

GEOGRAFIA
a.. A capital de Portugal é Luiz Boa.
b.. A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.
c.. O Brasil é um país muito aguado pela chuva.
d.. Na América do Norte tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro cimentadas.
e.. Oceano é onde nasce o Sol; onde ele nasce é o nascente e onde desce decente.
f.. Na América Central há países como a República do Minicana.
g.. A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo.
h.. As constelações servem para esclarecer a noite.
i.. As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos.
j.. Expansivas são as pessoas tangarelas.

Essa vale prêmio:
O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno; quando faz calor é verão; quando tem flores é primavera; quando tem frutas é outono e quando chove é inundação!

(Contribuição de Ângelo Raposo)

sexta-feira, 6 de junho de 2003

O que é trabalhar em produção!
(Não é muito diferente de assessoria...)

Você trabalha em horários estranhos (que nem as putas!)
Te pagam pra fazer o cliente feliz (que nem as putas!)
O cliente até que as vezes paga muito, mas teu empregador fica com quase tudo (que nem as putas!)
Seu trabalho sempre vai além do expediente (que nem as putas !)
Você é mais produtivo à noite (que nem as putas!)
Você é recompensado por realizar as idéias do cliente (que nem as putas!)
Seus amigos se distanciam de você, e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas!)
Quando vai ao encontro do cliente, você tem de estar sempre apresentável (que nem as putas!)
Mas quando você volta, parece saido do inferno (que nem as putas!)
O cliente quer sempre pagar menos e que você faça maravilhas (que nem as putas!)
Quando te perguntam em que trabalhas, tens dificuldade de explicar (que nem as putas!)
Se as coisas dão errado, é sempre culpa sua (que nem as putas!)
Todo dia, ao acordar, você diz: NÃO VOU PASSAR O RESTO DA VIDA FAZENDO ISSO (que nem as putas)

Essa quem mandou foi a Leila
Pra não dizerem que eu só sacaneio os cristãos

Um casal muçulmano "moderno", preparando o casamento religioso, visita um Mullah buscando aconselhamento. Antes de saírem, o homem pergunta:
- Nós sabemos que é uma tradição no Islã os homens dançarem com homens e mulheres dançarem com mulheres. Mas em nossa festa de casamento, nós gostaríamos de sua permissão para que todos dancem juntos.
- Absolutamente, não! - diz o Mullah - É imoral. Homens e mulheres sempre dançam separados.
- Então após a cerimônia eu não posso dançar nem com minha própria esposa?
- Não - respondeu o Mullah - É proibido no Islã.
- Está bem - diz o homem - E que tal sexo? Podemos finalmente fazer sexo?
- É claro! - responde o Mullah - Alá é Grande! No Islã, o sexo é bom dentro do casamento, para ter filhos!
- E quanto a posições diferentes? - pergunta o homem.
- Alá é Grande! Sem problemas! - diz o Mullah.
- Mulher por cima? - o homem pergunta.
- Claro! - diz o Mullah - Alá é Grande. Pode fazer!
- De quatro?
- Claro! Alá é Grande!
- Na mesa da cozinha?
- Sim, sim! Alá é Grande!
- Posso fazê-lo, então, com todas minhas quatro esposas juntas, em colchões de borracha, com uma garrafa de óleo quente, alguns vibradores, chantilly,acessórios de couro, um pote de mel e vídeos pornográficos?
- Você pode, é claro. Alá é Grande!
- Podemos fazer de pé?
- Não! De jeito nenhum! - diz o Mullah.
- E por que não? pergunta o homem, surpreso.
- Porque vocês poderiam se entusiasmar e acabar dançando...

Contribuição da minha querida Cláudia Manes
Habilidosos, mas não muito espertos

Uma das características mais tristes do Rio é a quantidade de crianças pedindo esmola em sinais de trânsito. De uns tempos para cá elas começaram a fazer malabarismos com bolas de tênis, na tentativa de atrair ao menos alguma simpatia dos motoristas. Hoje eu vi, num sinal de Botafogo um exemplo de que, se os malabaristas de sinal estão se esmerando em técnica, ainda falta-lhes planejamento.

Fechou o sinal. Dois rapazes de uns 15 anos, bolinhas de tênis nas mãos, foram para a frente dos carros. Um subiu no ombro do outro e começaram a fazer malabarismos duplex. Demonstraram grande equilíbrio tanto nas esferas quando nos próprios corpos, culminando com um pulo do que estava sobre os ombros do colega. Perfeito, não fosse por um detalhe: o pulo coincidiu com a abertura do sinal. Ao planejarem seu número, eles esqueceram de deixar um tempo para recolherem o dinheiro...

quarta-feira, 4 de junho de 2003

Metido a esperto

George W. Bush tem uma crise cardíaca e morre! Claro que ele aparece no Inferno, onde o Diabo o aguardava.

O diabo diz-lhe:

- Nem sei o que fazer com você, evidente que você está na minha lista, porém não tenho mais nenhum lugar livre! Está claro que seu lugar é aqui.

Depois de refletir por cinco minutos ele diz:

- Já sei o que vou fazer: Tenho aqui algumas pessoas que não são tão ruins quanto você. Vou mandar uma delas pro Purgatório, e você deverá ficar no lugar dela. Até vou lhe fazer um favor: você poderá escolher quem você deve substituir!

Bush acha até que a proposta não está tão ruim quanto ele esperava e diz que concorda!

O diabo abre uma primeira porta: Lá dentro está Richard Nixon numa piscina na qual ele nada sem parar, mas quando se aproxima da borda, a borda recua e Nixon continua a nadar, nadar e nadar!

- Não! diz George W. Bush, aí sinto que não vou me dar bem, sou um mau nadador e acho que não conseguiria fazer isso o dia todo!

O Diabo o leva a um segundo compartimento: Joseph Stalin está lá, com uma marreta enorme e fica quebrando pedaços de uma pedra gigante.

- Não, diz George W. Bush. Tenho um tremendo problema nas costas e seria uma agonia perpétua se eu tivesse que quebrar pedras o tempo todo!

O Diabo abre uma terceira porta. Lá dentro está Bill Clinton deitado na cama, pés e mãos amarrados na estrutura da cama. Debruçada sobre ele Mônica Levinski faz o que ela melhor sabe fazer na vida - boquete! Bush olha para aquela cena incrível durante um momento e diz:

- OK fico com esse castigo!

O Diabo sorri e diz:

- OK, Mônica, você pode ir para o Purgatório!

terça-feira, 27 de maio de 2003

Propaganda enganosa

Desde que inventaram a fotografia de mulher nua (uma das melhores invenções da humanidade, ao lado da bomba atômica, das férias e, vá lá, da meia de dedinho), os fotógrafos usam recursos técnicos para retocar as beldades, tirar uma celulite aqui, esconder uma espinha ali etc.

A obra prima foi quando a jogadora de basquete Hortênsia foi capa da Playboy. Até a minha querida e saudosa avó quis ver a revista para saber como “aquela tábua” tinha ficado nas fotos. E isso quando os retoques dependiam de aerógrafo. Hoje, com o Photoshop, até Lena, a Hiena da Baixa Eslobóvia, vira gata. Clique aqui e mantenha o cursor sobre a foto para conferir.

sábado, 24 de maio de 2003

Maravilhas do inglês

Clique aqui e descubra todas as maravilhas da mais fascinante palavra da língua inglesa.

Cortesia da minha querida Cláudia Manes