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sexta-feira, 31 de janeiro de 2003

Cardápio especial

Lanchonete Saddam's
Aberta 24 horas de Bagdá a Basra, com entregas em Israel

Marineburger - feita de carne macia e pouco gordurosa das tropas de elite americanas
American fries - who cares about the french?
GI special - duas fatias de carne bem temperada de GIs red neck de Iowa, com molho especial Zyklon B e salada DDT
Cachorro quente - com ketchup ou gás mostarda
Refrigerante Sarín Diet - "Emagreça de uma vez por todas"!
No cardápio natural, Suco de Agente Laranja - enriquecido com clorofila vietnamita
Salada Condoleeza, com molho Rumsfeld

(Belíssima barbaridade criada pelo povo do Globo On - Jamari França, Juliana Iootty e Cilene Guedes - com participação de Bruno Casotti. Chegou a mim via Mocinhapress)
Papo Mineiro...

Sápassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomando uma pincumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com galinhassada.

Quascaí de susto, quandoví um barui vindi dendoforno, parecenum tirdiguerra.

A receita, mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o miistorô e o fiofó da galinha ispludiu!

Nossinhora!

Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia!

Fiquei sensabê doncovim, proncovô, oncotô. Óiprocevê quilocura!

Grazadeus ninguém semaxucô!

Mandada pela minha querida Leila Grimming

quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

Dúvida cruel

Meu tio Fernando me mandou esse texto de profunda transcendência.

Uma pergunta para você. Responda com sinceridade e então você poderá auto-avaliar sua moral. Trata-se de uma situação imaginária, porém você deve decidir o que faria... Você está no Rio de Janeiro, em meio ao caos dos terríveis momentos de enchentes que aqui ocorrem em épocas de chuvas mais intensas (dessas capazes de acabar com o apagão). Você é um repórter fotográfico que trabalha para a Reuters e está desesperado, tirando as fotos mais impactantes. De repente, vê a Rosinha e o Garotinho dirigindo um Jeep, lutando desesperadamente para não serem arrastados pela correnteza, lodo e pedras. No entanto, eles acabam sendo arrastados, e você tem a oportunidade de resgatá-los ou tirar a fotografia ganhadora do Prêmio Pulitzer que daria a volta ao mundo ao mostrar a morte de tão famosos políticos... Baseado em seus princípios éticos e morais e na fraternidade e solidariedade humanas, responda sinceramente:



Você faria a foto em preto e branco ou colorida?
Sejamos justos

Hoje no Globo o diretor Antônio Abujamra fala da nova montagem carioca de “As Bruxas de Salém”, de Arthur Miller – que também rendeu filme homônimo com Daniel Day Lewis. Miller escreveu o texto na década de 50 usando um episódio lúgubre da história colonial americana para criticar a perseguição política do macartismo. Na entrevista, Abujamra enfatiza bastante o aspecto político, mas, como existe a insinuação de que o prefeito César Maia financiou a peça para espicaçar o casal Garotinho, a repórter trouxe à baila o aspecto da intolerância religiosa. Na resposta, curiosamente, Abujamra fala da Igreja Católica.

Vou dar uma de advogado do Diabo (apesar de não acreditar na existência dele): A Igreja Católica – culpada por tantas coisas ruins que nem dá tempo de citar todas – não teve qualquer relação com a perseguição a supostas bruxas em Salém. As comunidades de Massachussets no período eram todas protestantes de linha puritana.

Aliás, aí vai uma curiosidade: apesar de espernearmos horrores em relação à Inquisição Católica, a matança de bruxas em países protestantes continuou muito depois de ter sido abolida (ao menos na prática) em países católicos. Mesmo as legislações de liberdade religiosa vieram antes nos países majoritariamente católicos – com a notável exceção da Constituição norte-americana, de inspiração maçônica.

Um bom exemplo é próprio Brasil. A Igreja Católica perdeu o status de religião oficial com a proclamação da República, em 1889, e a ampla liberdade religiosa (legalizando umbanda, candomblé e kardecismo, por exemplo) veio com a Constituição de 1945 – seis anos antes de a mesma medida ser adotada na Inglaterra.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

Piadas voando por aí

A Internet tem umas coisas muito doidas. Hoje a Cecília, que trabalha comigo na Approach, passou para a equipe uma história engraçada que recebera de uma pessoa de Recife. Qual não foi minha surpresa ao abrir a mensagem e descobrir que era a piada do velho pai do presidiário e seu jardim, que a Martha me mandou eu botei aqui. Não apenas a mesma história, mas o mesmo texto, pois Martha mandou em inglês e eu traduzi. A piada pode estar circulando, mas aquela tradução específica é daqui. Quem diria, virei fonte de bobeira...
Vinagre é outra coisa

Uma reportagem do Globo conta hoje que o adolescente Edmar Aparecido Freitas, que baleou oito pessoas e se matou numa escola paulista, era freqüentemente humilhado pelos colegas por ser gordo. A humilhação continuou mesmo depois de ele ter perdido 30 quilos.

Bem, eu mesmo passei a maior parte da minha vida sendo sacaneado por ser gordo, o que me dá uma visão mais próxima do caso. Sinceridade, se vontade contasse eu pegaria uns 500 anos de cadeia. Mas passado é passado.

A reportagem, porém, tem uma incorreção. Segundo um dos amigos do falecido, ele era chamado de “gordo” e de “vinagre”, por ter usado muito esse produto na dieta. O repórter engoliu porque quis. “Vinagre” é um apelido usado para aquele cara que até anda com garotas, mas não consegue nada com elas; ele só tempera para os outros comerem. Variação de “arroz” (só acompanha) e “arame liso” (cerca mas não machuca).

terça-feira, 28 de janeiro de 2003

Diálogos X-Crotos XV

Lady Nancy Ashton: Winston, se você fosse meu marido, eu envenenaria seu chá.
Winston Churchill: Nancy, se eu fosse seu marido, tomaria esse chá com o maior prazer.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

Da nacionalidade de Jesus

Especialistas de diversos países se encontraram. Todos diziam que Jesus pertencia a seu respectivo povo, apontado as seguintes provas:

A) 3 provas de que Jesus era judeu:
- Assumiu os negócios do pai dele;
- Viveu na casa da mãe até os 33 anos;
- Tinha certeza de que a mãe era virgem e a mãe tinha certeza de que ele era Deus.

B) 3 provas de que Jesus era irlandês:
- Nunca foi casado;
- Nunca teve emprego fixo;
- O último pedido dele foi uma bebida.

C) 3 provas de que Jesus era porto-riquenho:
- O primeiro nome dele era Jesus;
- Sempre teve problemas com a lei;
- A mãe dele não sabia quem era o pai dele.

D) 3 provas de que Jesus era italiano:
- Falava com as mãos;
- Tomava vinho em todas as refeições;
- Trabalhou no comércio.

E) 3 provas de que Jesus era californiano:
- Nunca cortou o cabelo;
- Andava descalço;
- Inventou uma nova religião.

F) 3 provas de que Jesus era francês:
- Nunca trocava de roupa;
- Não lavava os pés;
- Não falava inglês.

G) 3 provas de que Jesus era brasileiro:
- Nunca tinha dinheiro;
- Vivia de fazer milagres;
- Se ferrou na mão do governo.

Em função disso, não sabemos ao certo qual a nacionalidade de Jesus; Judas, com certeza, era argentino.

domingo, 26 de janeiro de 2003

Cuidado nas montanhas

Minha querida Gwynn me mandou lá do Espírito Santo esta pérola:

Furo de Reportagem

Um famoso repórter de televisão estava em Usbequistão, no meio de uma grande reportagem que falava sobre os costumes do local. De repente ele se deparou com um velhinho e logo começou a entrevistá-lo:
- O senhor poderia me contar um fato de sua vida que jamais tenha se esquecido?
O velho homem sorri e começa a contar a história:
- Um dia, há muito tempo atrás, minha cabra se perdeu na montanha. Como manda a nossa tradição, todos os homens da cidade se reuniram para beber e sair à procura da cabra. Quando finalmente a encontramos, já de madrugada, bebemos mais uma dose e, como de costume, todos transaram com a cabra, um por um. Foi uma cena inesquecível...
O jornalista se assusta com a história e diz, todo sem jeito:
- Meu senhor, sinto em lhe dizer que a emissora dificilmente levará ao ar essa declaração, então eu sugiro que o senhor conte uma outra história... Quem sabe se o senhor nos contasse uma história bem feliz...
O velho sorriu e disse:
- Ok, também já vivi uma história muito feliz aqui...
Então o repórter sorri aliviado e o velho homem começa a contar a história:
- Um dia, a mulher do meu vizinho se perdeu na montanha. Como manda a nossa tradição, todos os homens da cidade se reuniram para beber e sair à procura da mulher. Quando finalmente a encontramos, bebemos mais uma dose e, como de costume, todos os homens da cidade transaram com a boazuda. Foi a maior diversão da minha vida!
O jornalista ficou decepcionado mas não desistiu e sugeriu ao velho homem:
- Ok, vamos tentar mais uma vez: Será que o senhor não poderia nos contar uma história muito, muito triste?
Então o velho homem baixou a cabeça e, com os olhos cheios de lágrimas, começou:
- Um dia, eu me perdi na montanha...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

Tem até graça

Tudo bem que os advogados façam de tudo para defender de seus clientes, mas a atuação do Dr. Clóvis Sahione na defesa dos fiscais acusados de corrupção e sonegação de impostos no Rio já está beirando a galhofa.

Até anteontem ele dizia com veemência que não existiam contas na Suíça em nome de seus clientes. Aí ontem o JB, num belo furo de reportagem, publicou na primeira página o fac símile dos extratos das referidas contas com os nomezinhos dos inocentes fiscais.

Na mesma hora o discurso mudou: agora, segundo o advogado, seus clientes realmente abriram as contas na Suíça, mas provavelmente depositaram US$ 1 mil ou US$ 5 mil. Algum gaiato veio depois e depositou os milhões de dólares que agora estão lá sem que os pobres fiscais soubessem...

Típico de quem faz limpeza de pele com óleo de peroba.
Enquete do Sucesso

Segundo uma fã no RJ-TV, o novo show dos Paralams do Sucesso está bem mais longo os das turnês anteriores.
Escolha qual opção explica melhor essa mudança.

a) Herbert Vianna já não se cansa tanto dançando e pulando no palco.
b) Ele tem que ficar tocando até alguém vir empurrar a cadeira de rodas.
c) O acidente fez com que ele perdesse a memória recente. Assim, ele esquece a que horas o show começou e segue tocando.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2003

Gerente, que gerente?

Em Nairobi, no Quênia, depois de um longo processo de recrutamento com entrevistas, testes e dinâmicas, uma grande empresa contratou um grupo de canibais:
"Agora vocês fazem parte de uma grande equipe", disse o diretor de RH, durante a cerimônia de boas-vindas. E continuando: "Vocês vão desfrutar de todos os benefícios da empresa, por exemplo, podem ir à nossa lanchonete quando quiserem comer alguma coisa. Só peço que não comam os outros empregados!"

Quatro semanas mais tarde, o diretor de RH os chamou:
"Vocês estão trabalhando duro e eu estou satisfeito, mas uma de nossas secretárias desapareceu. Algum de vocês sabe o que pode ter acontecido?"
Todos os canibais negaram com a cabeça; depois que o chefe foi embora, o líder canibal pergunta:
"Quem foi o idiota que comeu a secretária?"
Um deles, timidamente, ergue a mão.
O líder responde:
"Mas é um asno, mesmo! Quatro semanas comendo gerentes e ninguém percebeu nada... Mas não, você tinha que estragar tudo e comer uma secretária!"

(Mais uma contribuição da sócia-atleta Martha)
Daqui para o asilo

Com uma tarefa espinhosa no trabalho, trouxe do disco Pulse, do Pink Floyd, para dar uma inspirada. Como tenho a primeira edição e sou obsessivo o bastante para trocar a pilha, a luzinha vermelha da caixa do CD continua piscando. Pois bem, mostrei para o povo aqui da Approach, e Juliana Baião tascou-me a seguinte resposta:

– Ih, meu pai tem esse CD!

Parafraseando Gore Vidal no magnífico Criação, senti-me um egresso ilegal do cemitério.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

Dá-lhe Lemmy

1916

16 years old when I went to war,
To fight for a land fit for heroes,
God on my side, and a gun in my hand,
Counting my days down to zero,
And I marched and I fought and I bled and I died,
And I never did get any older,
But I knew at the time that a year in the line,
Is a long enough life for a soldier,

We all volunteered, and we wrote down our names,
And we added two years to our ages,
Eager for life and ahead of the game,
Ready for history’s pages,
And we fought and we brawled and we whored ‘til we stood,
Ten thousand shoulder to shoulder,
A thirst for the Hun, we were food for the gun,
And that’s what you are when you’re soldiers,

I heard my friend cry, and he sank to his knees,
Coughing blood as he screamed for his mother,
And I fell by his side, and that’s how we died,
Clinging like kids to each other,
And I lay in the mud and the guts and the blood,
And I wept as his body grew colder,
And I called for my mother and she never came,
Though it wasn’t my fault and I wasn’t to blame,
The day not half over and ten thousand slain,
And now there’s nobody remembers our names,
And that’s how it is for a soldier.

Só para fins de registro

Lemmy realmente é Deus.
Diálogos X-Crotos XIII

Chazz Darvey (Brendan Fraser): Numa briga entre Lemmy e Deus, quem ganha?
Policial disfarçado de executivo de gravadora: Deus?
Chazz: Pergunta traiçoeira, babaca, Lemmy é Deus.

(Do filme Os Cabeças de Vento)
Iskindum

O Carnaval carioca nunca mais vai ser o mesmo. Assistir à apuração do Grupo Especial sem o previsível e impecavelmente coreografado desmaio de Dona Zica não vai ter a menor graça.
Diálogos X-Crotos XII

Metraton (Alan Rickman): Deus é bem-humorado, criou coisas divertidas. Veja o sexo, por exemplo. Nada mais engraçado que as caras que vocês fazem durante o coito.
Bethany (Linda Fiorentino): Então o sexo é uma piada no Céu?
Metraton: Até onde eu sei ele parece ser uma piada aqui embaixo também.

(Do filme Dogma)

sábado, 18 de janeiro de 2003

Cena tijucana

Vi hoje no supermercado um daqueles sujeitos anônimos que fazem parte da paisagem do bairro. Não faço a menor idéia de quem seja, mas é protagonista de uma das situações mais engraçadas que já testemunhei, acontecida no Metrô há não menos que quinze anos. Antes de mais nada, é preciso explicar que o sujeito é feio, muito feio. Baixinho, com uma cara gorducha, queixo pra dentro, dentuço e com aqule cabelo que, embora liso, parece mais duro que traseiro de estátua - quando o caso aconteceu, o cabelo hoje grisalho era daquele tom louro sujo. Em resumo, uma daquelas criaturas que só exitem para sacanear o controle de qualidade divino.

O vagão do Metrô estava semi-cheio naquela manhã, ou seja, sem lugares vagos para sentar mas com espaço para as pessoas interagirem. O tal sujeito estava em pé quando notou que era observado por uma mulher de aparência bem humilde – se tivesse um tiquinho mais de humildade, iria rastejar em vez de andar. Quando o olhar atento da mulher pareceu incomodar, o cara virou para ela com aquela expressão "que que é?". Ela se sentiu incentivada, abriu um sorriso e disse (num volume que todos no vagão ouviram):

– O senhor é aquele moço da TV, não é? O Meu Garoto?

Pronto, mais de trinta pessoas tiveram que conter o riso a duras penas, pois ela estava certa. O sujeito, de cara limpa, era igual ao comediante Castrinho com a ridícula caracterização de Cascatinha. Sentido o ar de chacota no vagão, o sacaneado nem se deu ao trabalho de responder, apenas fez um não ríspido com a cabeça, que não foi aceito pela "fã".

– Ah, é sim. Eu vejo na TV – disse a mulher, levantando de onde estava sentada para olhar melhor.

Foi demais, e dessa vez o infeliz teve que reagir.

– Eu não sou droga de Meu Garoto nenhum! – respondeu, numa revolta que indicava não ter sido a primeira vez que alguém atentava para a semelhança.

Ferida em sua adoração, a pobre fã sentou e – provocando as gargalhadas que ainda estavam contidas – disse do fundo de sua humildade:

– Esse pessoal de TV é fogo. É só fazer sucesso pra ficar besta.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

Com uma ressalva

Seja Pete Townshend realmente pedófilo ou não, o Who continua sendo, para mim, a melhor banda de rock de todos os tempos.

Vale também ver um bom texto em defesa do músico publicado na Salon.com.
Diálogos X-Crotos XI

Sid Vicious (Gary Oldman): Como se soletra "alegria"?
Johnny Rotten (Andrew Schofield): M-E-R-D-A.
Sid: Valeu. "Querida mamãe, a excursão pela América está sendo cheia de ...." Ei, peraí. SEU PUTO!!!

(Do filme Sid & Nancy)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2003

Decepção

Só agora eu entendi o que Pete Townshend queria dizer com The Kids Are Alright...
Já vai tarde

Até que enfim uma boa notícia. Cientistas ingleses concluíram que a prosaica e fedorenta banana está em risco de extinção. Segundo a revista New Scientist, geneticistas europeus estimam que fruta possa desaparecer em dez anos, pois, além de ruim e malcheirosa, ela é estéril. Veja a notícia completa na Globonews.com.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2003

Repartindo

Recebi hoje por e-mail uma bela bênção irlandesa. Agora, reparto com vocês:

May your troubles be less,
may Your blessings be more,
and may nothing bad,
come through your door.
Diálogos X-Crotos X

No primeiro ano do Cefet havia na minha turma dois amigos inseparáveis, Armando e CB. O que o primeiro tinha de inteligente, o segundo tinha de, eh, bem, pouco inteligente. Um dia, numa daquelas aulas em oficinas que exigiam pouca ou nenhuma capacidade intelectual, CB tirou nota 8, enquanto Armando amargou um 7,5 (talvez sua menor nota no ano). Ficaria por isso mesmo, se o CB não resolvesse tirar onda.

CB: Viu? Eu tenho uma nota maior que a sua.
Armando: Legal. Agora eu só tenho 19 maiores que as suas.

(Da série Este É O Fim De Uma Bela Amizade)
Ainda no assunto

Outro ótimo exemplo da cara de pau do governo americano está hoje na Internacional do Globo. No alto da página, “EUA dobram sua força no Golfo”; embaixo, “Coréia ameaça EUA com ‘mar de fogo’”. Sentiram a valentia na hora de enfrentar quem tem bomba atômica de verdade, né?

Lembrei-me do japonês da minha turma no Cefet. Não sendo muito forte nem valente, ele era sacaneado por meio mundo. Um belo dia, tomou um teco de giz na nuca; virou-se para trás furioso e deu de cara com o Mineiro, sentado bem na linha de tiro e com os dedos ainda sujos do giz. Só que o Mineiro tinha quase 1,80m e físico de jogador de handebol. Ele olhou mais um pouquinho e viu o Baré também numa linha possível e com aquele permanente riso sacana na cara. Pena que o Baré, mesmo não sendo alto, era forte e encrenqueiro. A solução foi gritar uns palavrões pro Celso, que estava numa linha de tiro fisicamente impossível, mas era ainda menor que japonês.

Celso, é claro, caiu na gargalhada e perguntou: “Eu, mulher? É comigo, mulher?”
Só muda o personagem

A revista virtual Slate tem hoje um artigo adorável de William Saletan falando sobre a postura da imprensa diante da bravata da seita raeliana, que diz ter clonado com sucesso um ser humano. No texto, ele mostra como, a despeito da insistência dos repórteres e do especialista que deveria ratificar o feito, a empresa Clonaid não consegue ou não quer apresentar provas minimamente convincentes de que o clone foi feito.

No final, quando já estamos convencidos de que Rael e sua turma são um bando de picaretas e que o tal clone é mais fajuto que nota de 30, Saletan nos revela que, apesar de o caso ser real, os diálogos não foram ditos por aquelas pessoas. São todas declarações de assessores do governador George W. Bush explicando porque não divulgam as provas de que o Iraque tem armas de destruição em massa e ligações com o grupo terrorista al Qaeda.

Ou seja, Rael é o menos picareta nessa história.
Ficando besta

Pô, a turma do no mínimo vai conseguir me deixar ainda mais besta do que eu já sou nas condições normais de temperatura e pressão. Agora listaram este humilde recanto da minha sandice como um dos blogs favoritos do site.
Valeu demais, queridos.
Faltou o “s”

Meu querido Pedro Doria corre o risco levar uma fatwa no chapéu panamá por ter dito ontem ao Globo, “com dor no coração”, que o chopp de São Paulo é melhor. Apesar de a diabetes há seis anos me impedir de beber, cerro fileiras com os beberrões cariocas revoltados. Pois na própria matéria os donos do bar paulistano citado como destaque dizem ter vindo ao Rio para aprender!

Pô, PDoria! Logo você, freqüentador do Jobi, do Bar Lagoa, do Bar Luís e de outros. Sem contar o lado de cá do túnel, com o 17, o (verdadeiro) Petisco da Vila e tantos outros?

Sem contar uma coisa importante: paulistano não toma chopp, toma “chopps”.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2003

Epa!!!!

MillenniuM.’. fez sua primeira contribuição pro Espírito de Porco com um jogo cheio de perigos e emoções. Você está sozinho numa floresta e sua escopeta é a única coisa entre você e um bando de sujeitos que querem lhe conhecer biblicamente. Seja rápido, atire, pegue mais munição e fique atento. Ou vai ficar um tempão sem poder sentar...
Clique aqui para jogar.
Por falar em escândalo...

Tudo bem que a feia prática de negociar o mandato com o suplente é comum no Senado, como eleitor (ex-eleitor pra ser sincero) de Saturnino Braga, devo dizer que estou puto da vida com essa história de acordo para entregar ao Lupi um mandato para o qual ele não recebeu um único voto. Desculpem o palavrão, mas não há outra expressão pra isso - furioso, indignado, irado, enojado, nada chega perto.
Aliás, vale ler o artigo de Xico Vargas hoje no no.mínimo sobre o assunto.
Mas já?!?!

Ok, eu sabia que cedo ou tarde ia estourar algum escândalo de corrupção no governo Rosinha, e que provavelmente seria herdado do mandato de seu consorte. Mas já na primeira semana?

quinta-feira, 9 de janeiro de 2003

O que é a vida...

Vejam o tipo de barbaridade me chega via Mocinhapress...

Enxotado de casa pela mulher, que não tava a fim de dormir cheirando bafo de pinga, vai a um beco, acaba dormindo no chão e tem o relógio roubado.

No dia seguinte, já curado da manguaça, ao andar pela rua, vê um cara usando o seu relógio, e se aproxima dele dizendo :

- Hei, cara, esse relógio é meu!

- Que seu que nada. Esse relógio eu peguei de um bêbado que eu comi ontem lá no beco.

– Tem razão, não é meu mesmo. Mas que parece, parece!!!
Reminiscências

Desde que eu era pequeno (acreditem, já fui pequeno), ouvia meu pai repetir os últimos versos de um poema de Geir Campos que lhe marcara muito. Tempos depois tive a honra e o prazer de ser aluno do autor na UFRJ. Lembrei disso hoje ao pilhar-me fazendo a mesma citação numa conversa. Fica então esta homenagem ao Geir.

Da profissão do poeta
Geir Campos

Operário do canto, me apresento
sem marca ou cicatriz, limpas as mãos,
minha alma limpa, a face descoberta,
aberto o peito, e — expresso documento —
a palavra conforme o pensamento.
Fui chamado a cantar e para tanto
há um mar de som no búzio do meu canto.
Trabalho à noite e sem revezamentos.
Se há mais quem cante, cantaremos juntos;
Sem se tornar com isso menos pura
A voz sobe uma oitava na mistura.
Não canto onde não seja a boca livre,
onde não haja ouvidos limpos e almas
afeitas a escutar sem preconceito.
Para enganar o tempo — ou distrair
criaturas já de si tão mal atentas,
não canto... Canto apenas quando dança,
nos olhos dos que me ouvem, a esperança.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2003

Mão-de-obra oficial

Martha, que está virando sócia-atleta do Espírito de Porco, mandou esta pérola em inglês. Traduzi pra vocês.

O Jardim

Um velho vivia sozinho em Minnesota. Ele queria escavar seu jardim, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que normalmente o ajudava, estava na prisão.

O velho então escreveu a seguinte carta ao filho, reclamando de seu problema:

“Querido filho

Estou triste porque, ao que parece, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo porque sua mãe sempre adorava a época do plantio depois do inverno. Mas eu estou velho demais para escavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar com o jardim, pois está na prisão.
Com amor, papai”

Pouco depois o pai recebeu o seguinte telegrama:

“PELO AMOR DE DEUS, papai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos!”

Às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar nenhum corpo.

Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera. Esta foi a resposta:

“Pode plantar seu jardim agora, pai. Isso é o máximo que eu posso fazer no momento.”

terça-feira, 7 de janeiro de 2003

A cara do bicho

Uma das coisas mais impressionantes de “O Senhor dos Anéis – As Duas Torres” é Gollum, personagem criado por computador a partir dos movimentos do ator Andy Serkis (que também faz a voz). A despeito da aparência monstruosa, Gollum já foi um hobbit chamado Smeagol e vai aparecer assim em “O Retorno do Rei”, parte final da trilogia. Veja aqui duas fotos: na primeira ele aparece olhando avidamente para o anel (encontrado por seu primo, que ele mata para ficar com o precisosso). Na segunda, Smeagol já está meio monstruoso – um truque de maquiagem, não de computação.
Por dentro do micro

Cês lembram daquela animação mostrando porque o micro trava que eu botei no blog no ano passado? Pois é, Martha Lavenère me mandou o endereço dos autores, a Primo Comunicação e Design, onde encontrei essa outra versão, tão hilariante quanto.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2003

Valeu Nii!

A Amaporco (Associação de Amigos e Moradores do Espírito de Porco) agradece à querida Denise Goulart pela guaribada que deu no template, resolvendo um problema de HTML que botava uma linha separadora entre a nota e o comentário da primeira publicação do dia. Brigado, querida!

sábado, 4 de janeiro de 2003

Ooooooooohhhhh

O caderno Prosa & Verso do Globo tem hoje uma matéria surreal. O título é: “Conclusão surpreendente na recém-lançada biografia de Lord Byron”, com o subtítulo (cortado na versão online) “Nova pesquisa revela que, além de mulherengo, o poeta era homossexual”. O tema é o livro “Byron, Life And Legend”, de Fiona McCarthy. Fosse vivo, Stanislaw Ponte Preta dedicaria um Febeapá inteiro a isso.

Primeiramente, alguém pode me explicar como um sujeito pode ser mulherengo e homossexual? Uma lésbica pode ser mulherenga e homossexual, um cara, não. Donde supomos que o correto seria bissexual. E aí vem o segundo espanto: será que alguém que conhecesse a vida e a obra de Byron tinha alguma dúvida sobre sua, digamos, pluralidade sexual? Sua relação com Percy Shelley e John Polidori estava longe de ser meramente literária. Mas, para a pesquisadora, é uma estonteante novidade.

Na certa o próximo livro de McCarthy vai revelar novos segredos como “Einstein era judeu” ou, pasmem, “Luther King era negro” – e, claro, emplacar matéria no Prosa e Verso. Francamente...
Diálogos X-Crotos XIX

Guilherme: Na promoção de DVD do Carrefour tem o Nazareth por R$ 5,90.
Eu: Mas eu não gosto de Nazareth.
Guilherme: Há, é um documento histórico.
Eu: E daí? Discurso de Hitler também é.

(Da série É muita x-crotidão)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2003

Desabafo

Só os deuses sabem o quanto eu ainda choro a morte da minha avó, que passou em agosto. Por conta disso nem sei dizer o quanto meu estômago embrulha ao ver em tão pouco tempo o segundo caso de um infeliz que mata a própria avó a facada por causa de cocaína.
Diabo no rosto

Essa é boa demais pra ser verdade. O estudante de Direito Herbert Chadbourne está processando a Regent University dos Estados Unidos por difamação e violação de direitos civis. A Regent é uma instituição de extrema-direita fundada pelo pastor evangélico e apresentador de TV Pat Robertson, o mesmo que atribuiu os atentados de 11 de setembro de 2001 à vingança de Deus pelo pecados da América – homossexualismo, aborto etc. Mas, voltando ao processo, segundo a AP, Chadbourne diz ter sido suspenso e encaminhado a um psicólogo depois que colegas de classe acusaram-no de estar com um demônio no corpo. O sinal da possessão? Um tique nervoso que o estudante tem numa das faces.
111 anos

J.R.R. Tolkien estaria fazendo hoje 111 anos, a mesma idade que seu personagem Bilbo tinha no início de "O Senhor dos Anéis".

quinta-feira, 2 de janeiro de 2003

Mais uma

Meu caro Jan Theophilo lembrar de mais um furo em O Senhor dos Anéis - As Duas Torres. Num dado momento, Sam lamenta ironicamente que ele e Frodo só têm lembas para comer. O problema é que a cena de A Sociedade do Anel em que eles aparecem ganhando o alimento dos elfos foi cortada e está apenas na versão ampliada em DVD. Os pobres mortais que não conhecem essa versão ficam mais perdidos que pum em bombacha.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2003

Feliz 2007, Rio

Com 1.400 anos de atraso, o Estado do Rio entra na Idade das Trevas. Torçamos para que o resto do país tenha mais sorte.