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quinta-feira, 30 de outubro de 2003

Utilidade pública

Gente, como Beltaine tá aí já, e neguinho costuma meter o pé na jaca, publico a foto abaixo para servir de aviso. Se beber, deixe a vassoura no armário.

quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Tem solução?

Hoje, indo para o trabalho no carro da Cristina, tomei uma fechada criminosa de um taxista – que vai reencarnar na Somália. A navalhada me lembrou uma conversa que tive com outro taxista há alguns dias. Num dado momento ele disse “eu, que sou profissional...” e eu interrompi perguntando como ele se tornara profissional, o que tivera de fazer. Não que eu esteja pensando em mudar de profissão; era curiosidade, mesmo.

Descobri que ele inscreveu-se no INSS, pagou meia dúzia de taxas no sindicato e na Prefeitura e, bingo, tornou-se taxista. Aí eu, espírito de porco como sempre, argumentei que ele não fez nada para se profissionalizar, apenas cumpriu trâmites burocráticos. Em termos de habilitação, não diferia em nada de mim. Depois andei num carro que o motorista não sabia onde ficava a São Clemente. É mais ou menos como jornalista escrever “haveriam erros”. Acontece, mas não deveria acontecer.

O problema é que isso é um fenômeno generalizado. Seja pela crise, pelo desemprego ou pela falência dos meios de capacitação, os serviços estão cada dia piores. Você entra num restaurante, pergunta como é o Filé à Moda da Casa e o garçom responde “é um filé feito à moda da casa” e ainda te olha como se você tivesse obrigação de saber o que passa pela cabeça do cozinheiro. No Bob’s, então, é de doer. Parece que fazem um teste de QI na seleção de balconistas e só contratam quem tira abaixo de 50.

Qual a solução para isso? Não faço a menor idéia. Essas pessoas têm que trabalhar honestamente, claro. Mas a absoluta falta de capacitação já está passando de todos os limites – e no caso dos taxistas, já vira até risco para os outros.
Dos males o pior

Oi povo. Como muita gente manifestou solidariedade pelo meu infortúnio automobilístico-policial, venho anunciar que o carro apareceu. Infelizmente apareceu sem ar condicionado, som, alto-falantes, estepe, macaco etc. Eu achava que ele ia ser encontrado porque todo mundo que sabia do roubo dizia “agora é torcer para que não encontrem”. Isso porque se o carro sumisse de vez, a seguradora pagaria uma grana que me permitiria comprar um mais baratinho e ainda ficar com um qualquer. Claro que Murphy, pra variar, falou mais alto... Acharam e vou morrer na franquia do seguro.

E atenção aos donos de Palio. Segundo tanto a polícia quanto os caras da oficina, esse carro está sendo roubado loucamente por conta do ar condicionado. Ao que parece, o aparelho se adapta a qualquer veículo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2003

sexta-feira, 10 de outubro de 2003

Queria ter dito essa

Maravilhosa frase do colunista Bob Herbert hoje no New York Times:

“Vender uma guerra desencaminhada é como vender cigarros. Você não pode falar a trágica verdade sobre seu produto.”

quinta-feira, 9 de outubro de 2003

No peito e na raça II

Para que ficou curioso, aqui está a foto de Luiza Tomé na campanha da amamentação.

No peito e na raça

Bem legal a matéria no site da BBC sobre a campanha para incentivar a amamentação no Brasil, exibida com destaque na página da emissora. O correspondente Steve Kingstone só carregou nas tintas ao apresentar Luiza Tomé, musa lactante da campanha, como uma das mais conhecidas atrizes do país.

Ela é linda (ainda mais turbinada pela amamentação), mas alguém aí se lembra de seu último papel de destaque? Vai ver Mr. Kingstone se deixou exaltar pela opulência de Luiza. Totalmente justificável.
Conserto caro

O gaúcho tinha um Opala "jóia", daqueles antigos, motor 4.100, "inteiraço". Tinha um ciúme doentio do carro. Um dia alguém bateu na porta do Opala e amassou. O gaúcho ficou tão puto da vida que encostou o carro na garagem e disse que não ia mais sair com ele.

Alguns meses depois, o gaúcho, louco de saudade do carrão, querendo dar uma volta, senta ao volante, põe a chave na partida e nada. A bateria havia descarregado. Depois de várias tentativas, desiste e chama o mecânico. Este chega, dá uma olhada, tenta ligar e diz:

- É fácil de consertar, e só fazer uma chupeta.

E o gaúcho:

- Se eu der a bunda, você arruma a porta também?

Essa quem mandou foi o Flávio Falcão, como parte de sua relação complicada com Yuri Totti...

domingo, 5 de outubro de 2003

A força da genética

Minha afilhada Beatriz ainda nem fez dois anos e já mostra que o DNA da família está firmemente instalado. As primeiras suspeitas começaram quando minha irmã passou a fazer a vitamina de costas para ela, do contrário Beatriz queria comer as frutas antes que elas fossem para o liquidificador.

Esta semana veio a confirmação: A família almoçava num La Mole da vida, e ela estava instalada na obrigatória cadeirinha de bebê. O garçom começou a servir pelo lado da mesa onde ela estava, mas pulou-a, já que minha irmã ia servir e partir a comida da filha. Beatriz ficou agoniada ao ver o garçom ignorá-la, e, quando ele passou para o outro lado da mesa, não agüentou e reclamou (na sua linguagem, claro):

- Titio... neném, neném.

Essa vai longe.

quinta-feira, 2 de outubro de 2003

Dá pra não renegar?

Depois alguns conhecidos estranham eu ter renegado o voto para presidente que dei no ano passado.

O Globo On Line diz que o presidente Lula (que eu ajudei a eleger num momento de insensatez) não vai demitir a ministra (do que mesmo?) Benedita da Silva por ter usado recursos públicos para ir a um evento privado – um encontro de gado em Buenos Aires.

Depois que a patuscada, aliás, o crime de improbidade administrativa ficou público, a equipe de Benedita inventou apressadamente um encontro com sua contraparte Argentina para tentar dar algum ar oficial à garfada no erário. Não convenceu ninguém.

O curioso é que o noticiário matinal dizia que Lula estava tiririca e queria que ela devolvesse o dinheiro usado indevidamente. Em conversa com governadores, aliás, José Dirceu disse que o ideal era a ministra entregasse, junto com a grana, sua carta de demissão.

Aparentemente no decorrer do dia a coisa mudou. Lula deve ter se tocado que respeito ao dinheiro público era só mais uma das promessas de campanha e dos compromissos históricos do partido que não precisaria honrar depois de eleito.

Lula chegou a dizer que alguém com um histórico como o de Benedita não cometeria um erro desses. Ele só pode estar nos gozando, não? Quando vereadora, a hoje ministra nomeou a família para cargos de confiança – incluindo um filho que tinha escolaridade apenas para ser contínuo. Depois quando esse filho usou um diploma falso para entrar num trem da alegria, disse que não tinha nada a ver com isso. Já senadora, gastou uma fábula de dinheiro público para enfiar no apartamento funcional uma jacuzzi – se não me engano, teve que devolver o dinheiro. Nada contra ela ter uma jacuzzi. Eu também queria. Mas que tirasse do seu bolso, não do meu.

Desde que foi nomeada ministra (como prêmio de consolação pela sova de levou do casal diminutivo que ora assombra o estado do Rio) ela vinha se mostrando num verdadeiro seio masculino - aquele troço que não é útil nem ornamental. Se tivesse ficado nisso, já seria lucro.

Enquanto isso, o partido vai expulsar Heloísa Helena por honrar sua história política.