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quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

Se manda, 2003!

Galera, como disse meu cumpadi Vicente, que 2004 seja muito melhor que 2003 e muito pior que 2005. Vejo vocês no ano que vem.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

Essa vai longe II

Minha sobrinha Beatriz, que acaba de fazer dois anos, ganhou de minha irmã uma carteira, que veio cheia de notinhas de brinquedo – para ela comprar água de coco. Na ida seguinte ao shopping, ela vibrou ao ver o quiosque da dita água, mas mostrou que já sabe como melhorar na vida.

– Coco, mamãe. Coco!

– Isso, filhinha. Vamos comprar água de coco e você paga com seu dinheirinho (a vendedora já estava mancomunada para aceitar as notas de brinquedo).

– Não, tutu neném, não. Tutu papai, tutu papai.

Finalmente apareceu alguém na família com vocação pra juntar dinheiro.

domingo, 21 de dezembro de 2003

Valeu, Sir Paul

Ganhei de amigo oculto (gracias, Marcelo) o CD Let It Be... Naked, do Beatles. Como se sabe, é a versão crua de Let It Be, da qual Paul McCartney tirou as firulas do produtor Phil Spector. Antes de mais nada, por uma questão de honestidade, quero deixar claro que não sou fã dos Beatles. Gosto de diversas músicas deles, mas não tenho a relação de fanatismo que a maioria cultua.

Apesar disso – ou talvez por isso –, gostei muito do resultado. O disco parece fluir melhor, com mais coesão. Sem falar que a nova versão conseguiu algo que sempre achei impossível: fez “The Long And Winding Road” deixar de ser uma canção irremediavelmente brega. Aquelas cordas e aquele coral pareciam saídos direto de uma vinheta do programa Haroldo de Andrade. Agora é uma música lenta e romântica tocada por uma banda de rock, com ênfase no piano, mas também com guitarra, baixo e, bem, eh... bateria.

Falando nisso, longe de mim vilipendiar a religião alheia, mas, putz, o Ringo é realmente de lascar. Possivelmente o sujeito mais fraco a ganhar a vida como baterista profissional – antes, claro de os punks redefinirem os padrões de mediocridade musical, claro.
Rock’n’roll neonatal

Vejam que injustiça. Estamos organizando o chá-de-bebê/chá-de-fralda de Luísa (nossa filhota, com estréia prevista para o começo de fevereiro). Sendo minha filha, certamente será roqueira. Logo, eu queria incluir o DVD novo do Rush na lista de presentes. Não é que Cristina vetou?

quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

Surpresa!

Veja o que os americanos descobriram após a visita de Saddam à barbearia...



Enviada por Rogéria Takata, aqui da Approach

terça-feira, 16 de dezembro de 2003

Saudades do idioma

Hoje de manhã eu estava vendo uma reportagem na TV que falava de avanços científicos no combate ao crime, tendo como gancho a primeira condenação no Brasil de um homicida com base exclusivamente nos testes de DNA.

Aí lembrei de uma aula de biologia há uns 25 anos, quando ouvi falar pela primeira vez de DNA, só que não era DNA. Naquela época ainda nos referíamos ao ácido desoxiribo-nucleico com ADN. Somando-se a essa curiosa inversão de siglas o fato de sermos o único país latino no qual a Síndrome de Imuno-Deficiência Adquirida é chamada de Aids e não de Sida, fica bem claro que estamos perdendo o idioma.

Não se trata de ser contra estrangeirismos – acho restaurante (do francês restaurant) muito melhor que “casa de pasto” –, mas, quando começamos a usar siglas em inglês para palavras em português e a mudar o sentido de nossas palavras, a coisa realmente complica. “Penalizado”, que quer dizer “com pena de” já virou sinônimo de “punido”. Mesmo no auge da influência francesa no Brasil, “portanto” não ganhou o sentido de “entretanto”.

Claro que a má qualidade da educação ajuda a matar a língua. As pessoas hoje não conhecem mais a lógica do idioma. Gente com nível superior não é capaz de se fazer entender falando, o que dirá escrevendo. Qual a saída? Não faço a menor idéia – e isso torna ainda mais triste o cenário.

domingo, 14 de dezembro de 2003

Campeã absoluta

Depois da renúncia de Fujimori e de uma outra penca de roubadas de sábado e domingo, a captura de Saddam Hussein garante a minha prezada Cláudia Sarmento o troféu César Seabra de Pé Frio em plantões de fim-de-semana no Globo.

Cesão, inspirador desse prêmio, tem em seu currículo, entre outras, as mortes de PC Farias e dos Mamonas Assassinas, sempre quando ele estava de plantão na primeira página do jornal.

terça-feira, 9 de dezembro de 2003

Efeito infalível

No Japão descobriram o Viagra para a mulher.

O nome que deram lá é Taron.

Quando você dá o Taron pra mulher, dizem os japoneses, "ela fica alegre, carinhosa ao extremo. Te beija e abraça o dia inteiro e a noite inteirinha. Não dá sossego a noite toda. Ela quer transar quantas vezes você agüentar. Só te chama de meu amor, minha vida, te adoro. Te amo!"

Aí , perguntaram para o Japonês:

- Poxa, este produto é fantástico mesmo?

- Sim, sim! Galantido, non? Funciona mesmo! Non falha, non!

- Mas o nome é mesmo... Taron?

- Sim! É taron, taron de cheque.

Enviada por Nuno

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

Alegria da mulherada

O que é um PF?
É um "Personal Fucker".
Sim, foi o que você entendeu.
Um "Personal Fucker". Para quem ainda não arrumou um cara legal, digno de namoro (recolhidos pelo Ibama, portanto fora do mercado), faça de alguém seu PF.

Para que serve?
PF (Personal Fucker) é a nova modalidade de sexo ao seu alcance.
Considerando que sexo é uma necessidade física comum a todos, o PF torna-se item indispensável. Para as felizardas que já tem onde se aninhar, ótimo. Mas no dia que precisarem, saibam também como ter seu PF de cada dia.

Como conseguir um?
Para ter um PF, você tem que estar disposta a abrir mão do romantismo, do mão na mão, do sorvete no entardecer.
O escolhido para ser o seu, não pode ser alguém que você namoraria, e sim, alguém pelo qual você sente um tesão incontrolável,aquele tesão estilo TPM. Nada de compromissos, que compromisso é coisa de na-mo-ra-do. Se quiser compromisso, nada feito. Seu negócio não é PF.

Fortes candidatos
Geralmente são seus amigos antigos (com quem você não tem mais muito contato e pretende agora ter aquele contato), amigos do seu ex, pessoas que você não vê há muito tempo e pessoas que você nunca viu mesmo e está vendo agora. Não valem ex-namorados, nem casinhos antigos, daqueles que ainda deixam a perna bamba.
A experiência tem que ser nova para os dois.
Pois sendo ele o seu PF, você passa a ser o PF dele.

Maiores definições
Trata-se de uma amizade colorida dos tempos modernos.
Vocês são amigos, mas não trocam confidências e dividem os ambientes mais íntimos entre duas pessoas: a cama, o banheiro, a sauna, a pia, o chão, o estacionamento e os degraus da escada. O lugar não tem muita importância, desde que você também não espante o rapaz levando-o para um chalezinho cinco estrelas decorado com flores-do-campo. Você sabe, cinco estrelas e flores-do-campo são coisas de na-mo-ra-do.

Instruções
Você pode ter liberdade com seu PF, mas dentro de alguns limites, claro.
Vale ligar a qualquer hora do dia, propondo um encontro casual. Vale ligar depois de tomar alguns gorós, quando bate aquela carência sexual. E também vale ligar propondo uma massagem básica. Só não vale ficar mal se ele não puder ir ao seu encontro. PFs são ótimos para realizar aquelas fantasias sexuais que você sempre teve vontade de realizar, mas nunca teve coragem. Vale gritar, escancarar, fazer tudo aquilo que você sempre quis. O máximo que pode acontecer é, quando você estiver fazendo seu strip em cima da mesa da sala cantando Madonna, ele dizer pra você parar, porque está morrendo de vontade de rir... e você ter que procurar outro PF.
Sem discussão

Mesmo para aqueles que não encaram o doce suplício da profissão de jornalista, vale a pena ler este artigo de Alberto Dines esta semana no Observatório da Imprensa. No texto, ele entra num tema tão espinhoso quanto explosivo: o debate, ou melhor, a falta de debate a respeito da maioridade penal depois da comoção causada pelo assassinato de Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em São Paulo.

Dines critica com muita propriedade a postura do governo e da patrulha politicamente correta de barrar qualquer discussão que envolva alguma revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, sem nenhuma ironia com a sigla). A crítica é importante porque essa patrulha usa o próprio observatório como tribuna, adotando com ampliada virulência a mesma técnica do ex-presidente FHC. Quando criticado, em vez de responder às críticas, ele desqualificava os críticos (neobobos, nhém-nhém-nhém etc.). Só faltava chamá-los de feios, chatos e cocozentos.

Assim, quem defende qualquer mudança na lei é tachado de fascista e assassino, mesmo que, na véspera, fosse campeão dos Direitos Humanos - aliás, volto a esse tema em outra ocasião. A questão é que existem duas correntes que tratam do assunto como se fossem torcidas de times de futebol. De um lado, os que vêem a pena a um criminoso (ou infrator, sendo menor - coisas da semântica) como um instrumento de reabilitação e ressocialização. Do outro, os que a encaram como segregação e proteção da sociedade.

O problema é que os dois lados estão certos. O objetivo de uma prisão é punir pela privação da liberdade e reabilitar, proteger a sociedade de um indivíduo que a ameaça e proporcionar-lhe possibilidades de ser novamente inserido nessa sociedade. São situações complementares, não conflitantes. Precisamos de lei e procedimentos jurídicos que punam quem comete crimes (ou infrações) e instituições que os recuperem - ou, no caso dos irrecuperáveis, isolem. Infelizmente temos o contrário.

Na prática, a lei hoje iguala o menor que rouba uma maçã para comer ao que estupra e mata. São ambos enfiados numa Febem ou num Padre Severino, de onde aquele vai sair invariavelmente pior do que entrou e este não vai melhorar em nada. Mas me pergunto por que motivo as pessoas que brigam tanto para manter a maioridade penal em 18 anos não fazem tanto barulho nem tentam mobilizar a sociedade para melhorar o sistema de atendimento a menores infratores.

Pessoalmente, sou contra o conceito de maioridade ou minoridade penal. Acho que cada caso deve ser avaliado isoladamente, envolvendo aspectos criminais, psicológicos e sociais. Hoje, um menor não pode ficar mais de três anos internado, independentemente do crime (desculpe, infração) que tenha cometido. Três anos vão recuperar o assassino de Liana e Felipe, por melhor que seja a instituição em que o internem? Reservo-me o direito de duvidar muito disso.

Mudar a maioridade penal (ou, como eu preferiria, acabar com ela) não vai resolver o problema da delinqüência infanto-juvenil. Claro que não, pois não existem soluções mágicas. É preciso investir, e muito, em educação, assistência social, geração de emprego etc. etc. Mas vai reduzir a sensação de impunidade, que sabota qualquer esforço sério para lidar com a violência cometida por menores.

Infelizmente, como lembra o Dines, tem gente que não quer ao menos discutir o assunto.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

Velha rotina

Diz o noticiário que, apesar dos protestos do governo de Israel, Collin Powell mantém o encontro com o negociador palestino do acordo de paz alternativo proposto em Genebra, Yasser Abed Rabbo. Não chega a ser bem uma novidade. Há tempos que os palestinos só participam desse processo com o Rabbo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2003

Como não ser roubado no McDonald's

A única maneira realmente segura de não ser garfado no McDonald´s é não botar os pés lá. Mas, se o nobre visitante é como eu e não resiste a um Cheddar McMelt, vão aqui três dicas:

1) Peça refrigerante sem gelo. Num copo de 500ml eles enfiam modestamente 150ml de gelo. O distinto paga pela Coca Light, mas leva mais de um quinto da boa e velha H2O - nada contra ela, mas custa bem menos. Se quiser realmente irritá-los, peça o gelo num copinho separado.

Esse trambique envolve ainda uma propaganda enganosa, pois um aviso malocado na parede da loja diz que o gelo é para conservar a temperatura e o sabor da bebida. Pombas, refrigerantes são fórmulas químicas. O gelo derrete e acrescenta água a essa composição química, alterando, e muito, o sabor.

2) Fique de olho na batata frita. Em geral os atendentes do McDonald´s não são lá muito empenhados na hora de encher as embalagens de batata. O caso nem é tão grave na pequena, que vem num saquinho de papel flexível. Na média e na grande, cuja embalagem é de um papelão mais rígido, eles deitam e rolam. Não desdobram a embalagem totalmente, escorregam a batata para dentro e o balconista, também malandro, bota a embalagem deitada na bandeja. Um consumidor distraído acha que está cheinho. Mas basta botar a embalagem de pé que logo aparecem as listas amarelas do fundo.

Aí você reclama, o balconista vai lá, bota a embalagem numa balancinha e volta dizendo que "está no padrão". Dois detalhes: a balança é inclinada, logo, o sujeito nunca larga inteiramente a embalagem; e você não sabe qual "o padrão", pois não está escrito em lugar algum. O cara pode dizer que o padrão é 200g, 150g ou 10g.

Um dia desses isso aconteceu comigo. Reclamei, e o gerente disse que o padrão era com "a embalagem normal" - o que ele insinuava é que eu apertara a embalagem dos lados para ela ficar mais larga. Eu pedi licença ao cliente ao lado no caixa, cuja batata acabara de ser posta deitadinha na bandeja, peguei a embalagem pela lingüeta de papelão atrás e, sem exercer qualquer pressão, coloquei-a de pé. Com a gravidade, viu-se que o conteúdo mal chegava a dois terços da capacidade. Em vez de uma, o imbecil do gerente teve que recarregar duas batatas.

3) Nunca, jamais, sob hipótese alguma peça a entrega a domicílio, pois eles vão ignorar solenemente todas as suas orientações. E nem pense em ligar para reclamar, pois vão lhe empurrar de um lado para outro sem solução.

Caso para o Procon

Um candidato, rápido!

Sou um marxista convicto. Acho que o homem mais sábio de todos os tempos foi Marx. Groucho...

No antológico Diabo a Quatro, em dado momento ele diz: “Uma criança de quatro anos entende esse plano. Alguém me arranje uma criança de quatro anos.”

Lembrei-me disso ao ler no excelente site de pesquisas de opinião Polling Report que até um poste venceria George W. Bush na campanha para a reeleição no ano que vem. O problema é que os democratas ainda não conseguiram um poste para se candidatar.

Segundo as pesquisas feitas em novembro, há um empate técnico entre os eleitores inclinados a votar em Bush (47%) e não inclinados (48%). Apenas 42% acham que ele merece ser reeleito, contra 46% contrários.

Entretanto, quando a pesquisa testa o confronto direto entre ele os seis (isso mesmo, meia dúzia) pré-candidatos do Partido Democrata, Bush ganha mole de todos.

Tudo bem, Bob Fields (que reencarne como couro de zabumba na Feira de São Cristóvão) dizia que estatística é quem nem biquíni: mostra tudo, menos o mais importante. Mas esse números mostram que, ou os democratas arranjam um candidato que entusiasme, ou vão perder uma das eleições mais moles que já tiveram.