Psiquiatria em choque!
Cresce nos meios psiquiátricos a inquietação por conta de uma patologia desconhecida que vem se alastrando significativamente: são mulheres, em geral jovens, que desenvolvem uma fixação na figura paterna, chegando mesmo às raias do desejo sexual e da paixão.
"Peraí, Leonardo, isso é Complexo de Elektra", dirão os mais ilustrados.
Complexo de quê, cara-pálida? Se alguém falar "Elektra, filha do rei Agamenon, que vinga o assassinato do pai pelo novo consorte da rainha", pode esquecer. Para milhões de pessoas que viram o filme Tróia - e não fazem a menor idéia do que sejam Ilíada, Odisséia ou Elektra -, Agamenon morre no cerco, não volta para casa, não é assassinado, nem tem filha para vingá-lo - ficando sem nome o complexo supracitado.
Ok, ok, eu sei, filme é filme. Cineastas não têm compromisso com História, com original etc. É preciso fazer adaptações para atrair o público, como valorizar o personagem Arwen no Senhor dos Anéis, ou tornar mais ágil a narrativa - tirando a chatíssima discussão de semiologia de O Nome da Rosa. Mas tem horas que a coisa fica ridícula. Os dez anos da Guerra de Tróia são reduzidos a alguns dias, Páris foi criado com a família real e não por pastores, a intervenção divina desaparece da saga e por aí vai.
Por outro lado esse tipo de coisa segue uma tradição firmada em Hollywood: o gênero Cinema de Estupro Literário, cujos expoentes são A Letra Escarlate com final feliz, Os Três Mosqueteiros pós-adolescentes, Robin Hood de Kevin Costner e, lestibatinotilist, Drácula, no qual Francis Ford Coppola inventou uma origem para o vampiro e um romance tórrido entre ele e Mina, e ainda teve a cara-de-pau de dizer que era uma adaptação fiel à obra de Bram Stocker.
Só falta agora o final feliz para Romeu e Julieta.
Espaço onde o jornalista Leonardo Pimentel pode se dedicar a falar mal do que bem entender.
Aviso
Apesar de criado por um jornalista, este blog não é nem pretende ser imparcial. Ele reflete minhas opiniões, meus gostos, desgostos, preconceitos e pós-conceitos. Se alguém se sentir ofendido, "paciência"...
Se quiser, mande-me um e-mail
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quarta-feira, 26 de maio de 2004
terça-feira, 25 de maio de 2004
Registro chato
Richard Biggs, ator que interpretava o Dr. Stephen Franklin na série Babylon 5 foi flanar no País do Verão. Segundo a CNN, não se sabe ainda a causa da morte, mas suspeita-se de aneurisma ou de um derrame fulminante, pois o ator tinha apenas 44 anos.
Não significa nada, mas vale a coincidência: o primeiro integrante do elenco principal de Jornada nas Estrelas a passar para o outro lado também foi o médico, o ator DeForrest McCoy Kelley.
Que os dois reencarnem bem.
Richard Biggs, ator que interpretava o Dr. Stephen Franklin na série Babylon 5 foi flanar no País do Verão. Segundo a CNN, não se sabe ainda a causa da morte, mas suspeita-se de aneurisma ou de um derrame fulminante, pois o ator tinha apenas 44 anos.
Não significa nada, mas vale a coincidência: o primeiro integrante do elenco principal de Jornada nas Estrelas a passar para o outro lado também foi o médico, o ator DeForrest McCoy Kelley.
Que os dois reencarnem bem.
segunda-feira, 24 de maio de 2004
Mau humor é isso aqui
Cena: sujeito entrando em uma loja de ferragens.
- Tem veneno pra rato?
- Tem!, Vai levar? - Pergunta o balconista.
- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!
*****
Cena: No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque.
A pergunta: Vai levar em dinheiro?
-Não! Me dá em clips e borrachinhas!
*****
Cena: Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico.
A pergunta: Mesa para dois?
- Não, mesa para quatro, duas são para colocar os pés.
*****
Cena: o sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta.
A pergunta: Vai pagar com cheque?
- Não, vou fazer um poema pra você nesta folhinha.
*****
Cena: Sujeito no elevador (no subsolo-garagem).
A pergunta: Sobe?
- Não, esse elevador anda de lado.
*****
Cena: Sujeito fumando um cigarro.
A pergunta: Ora, ora! Mas você fuma?
- Não eu gosto de bronzear os pulmões também.
*****
Cena: Sujeito voltando do píer com um balde cheio de peixes.
A pergunta: Você pescou todos?
- Não, alguns são peixes suicidas e se atiraram no meu balde.
*****
Cena: Sujeito no caixa do cinema.
A pergunta: Quer uma entrada?
- Não, é que eu vi essa fila imensa e queria saber onde vai dar
*****
Cena: Homem com vara de pesca na mão, linha na água, sentado.
A pergunta: Aqui dá peixe?
- Não, dá tatu, quati, camundongo, ..., Peixe costuma dar lá no mato...
Cortesia da Bete
Cena: sujeito entrando em uma loja de ferragens.
- Tem veneno pra rato?
- Tem!, Vai levar? - Pergunta o balconista.
- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!
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Cena: No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque.
A pergunta: Vai levar em dinheiro?
-Não! Me dá em clips e borrachinhas!
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Cena: Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico.
A pergunta: Mesa para dois?
- Não, mesa para quatro, duas são para colocar os pés.
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Cena: o sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta.
A pergunta: Vai pagar com cheque?
- Não, vou fazer um poema pra você nesta folhinha.
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Cena: Sujeito no elevador (no subsolo-garagem).
A pergunta: Sobe?
- Não, esse elevador anda de lado.
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Cena: Sujeito fumando um cigarro.
A pergunta: Ora, ora! Mas você fuma?
- Não eu gosto de bronzear os pulmões também.
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Cena: Sujeito voltando do píer com um balde cheio de peixes.
A pergunta: Você pescou todos?
- Não, alguns são peixes suicidas e se atiraram no meu balde.
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Cena: Sujeito no caixa do cinema.
A pergunta: Quer uma entrada?
- Não, é que eu vi essa fila imensa e queria saber onde vai dar
*****
Cena: Homem com vara de pesca na mão, linha na água, sentado.
A pergunta: Aqui dá peixe?
- Não, dá tatu, quati, camundongo, ..., Peixe costuma dar lá no mato...
Cortesia da Bete
quarta-feira, 19 de maio de 2004
Soweto II - A Missão
Abro o noticiário e vejo que o exército de Israel lançou mísseis contra uma manifestação num campo de refugiados, matando pelo menos dez palestinos, a maioria crianças em idade escolar. Em seguida, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, impediu que ambulâncias chegassem ao campo.
Lembrei-me de um caso parecido. A polícia sul-africana abriu fogo contra uma manifestação de estudantes em Soweto, um bairro onde os negros viviam confinados. O massacre detonou uma onda de indignação na comunidade internacional, deu voz a figuras moderadas dentro da África do Sul e foi o começo do fim do regime do Apartheid.
Pode acontecer o mesmo agora? Alguns acham que não, que os EUA vão continuar dizendo amém para tudo o que a direita israelense fizer, especialmente num ano eleitoral - judeus são eleitores decisivos na Flórida e em Nova York. Mas eu não sei. O regime racista na África do Sul, durante muito tempo depois de Soweto, também contou com apoio explicito dos EUA. Aliás, a título de curiosidade, no auge da crítica internacional, só dois países continuavam apoiando o governo do Apartheid: Estados Unidos e Israel.
Abro o noticiário e vejo que o exército de Israel lançou mísseis contra uma manifestação num campo de refugiados, matando pelo menos dez palestinos, a maioria crianças em idade escolar. Em seguida, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, impediu que ambulâncias chegassem ao campo.
Lembrei-me de um caso parecido. A polícia sul-africana abriu fogo contra uma manifestação de estudantes em Soweto, um bairro onde os negros viviam confinados. O massacre detonou uma onda de indignação na comunidade internacional, deu voz a figuras moderadas dentro da África do Sul e foi o começo do fim do regime do Apartheid.
Pode acontecer o mesmo agora? Alguns acham que não, que os EUA vão continuar dizendo amém para tudo o que a direita israelense fizer, especialmente num ano eleitoral - judeus são eleitores decisivos na Flórida e em Nova York. Mas eu não sei. O regime racista na África do Sul, durante muito tempo depois de Soweto, também contou com apoio explicito dos EUA. Aliás, a título de curiosidade, no auge da crítica internacional, só dois países continuavam apoiando o governo do Apartheid: Estados Unidos e Israel.
quinta-feira, 13 de maio de 2004
Passo a palavra
Eu ia hoje escrever um texto sobre as duas vergonhas que me assolam. A primeira por ser colega de profissão de Larry Rother, o correspondente do New York Times responsável pela mais perfeita definição de porcalhada pseudo-jornalística que já vi. A segunda, por constatar que ajudei a botar no poder um protoditador de República de Bananas que não parece capaz de perceber o tamanho da burrada que fez.
Ia, porque o meu prezado Sérgio Rodrigues o fez com uma verve maior do que seria possível eu pretender. Confiram aqui.
Eu ia hoje escrever um texto sobre as duas vergonhas que me assolam. A primeira por ser colega de profissão de Larry Rother, o correspondente do New York Times responsável pela mais perfeita definição de porcalhada pseudo-jornalística que já vi. A segunda, por constatar que ajudei a botar no poder um protoditador de República de Bananas que não parece capaz de perceber o tamanho da burrada que fez.
Ia, porque o meu prezado Sérgio Rodrigues o fez com uma verve maior do que seria possível eu pretender. Confiram aqui.