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quinta-feira, 28 de abril de 2005

Geopolítica anal

Geopolítica anal

Um árabe decide ir a uma suruba. Transa com várias mulheres de todas as maneiras. No troca-troca, se misturam alguns homens e acaba enrabado.

No dia seguinte começa a ter agudos e constantes remorsos do bacanal e vai até a mesquita para confessar-se com o Iman e assim obter o perdão. Começa a explicar sua noite devassa: "Tomei álcool, fiz sexo com outras mulheres que não as minhas e ao final fui enrabado." O Iman diz que é extremamente grave e que se quer ser perdoado deve voltar no dia seguinte com US$ 15.000,00 para a mesquita.

O árabe sai, feliz por ter achado a solução, mas incomodado com o monte de grana que terá que doar.

Em seu caminho passa por uma Igreja Católica. Reflete que apesar de não ser sua religião, talvez possa obter uma absolvição mais em conta...

Entra e fala com o padre: "Tomei bebidas, fiz sexo com várias mulheres a fui enrabado por um cara." O padre diz que não se preocupe; mesmo não sendo católico pode ajudar a paróquia e se quiser o perdão de Deus, deve voltar com US$ 8.500,00.

O árabe sai mais aliviado por ter conseguido um desconto no preço do pecado...

Caminha um pouco mais, passa na frente de uma Sinagoga e, claro, fica tentado em ver se pode conseguir um pouco mais barato. Por que não?

Entra, procura o rabino e conta-lhe que se bem que não seja judeu, ali está na sinagoga porque teve uma noite de orgia, bebeu muito, transou com várias mulheres, acabou enrabado e agora tem remorsos. O rabino o escuta atentamente e lhe diz que, para obter o perdão, que volte no dia seguinte com refrigerantes, biscoitos, bolos, doces e outras guloseimas e que tudo tem de ser, obviamente, kosher.

O árabe se surpreende, alegra-se por cumprir sua penitência por tão pouco e então pergunta ao rabino:

- É tudo que tenho que fazer? Porque o Iman pediu US$15.000,00, o padre
católico pediu US$8500,00? O senhor tem certeza de que o que está me pedindo é tudo?

O rabino responde:

- Absolutamente certo! É assim entre nós: cada vez que enrabam um árabe, nós comemoramos com uma festinha.

Cortesia do meu irmão Cócis

segunda-feira, 25 de abril de 2005

Depois reclamam quando a gente sacaneia

Depois reclamam quando a gente sacaneia

Ao ler esta matéria no domingo, no Globo, fiquei pensando nos estragos que a falta de um pouquinho de sexo faz ao cérebro humano. É bem verdade que se esses rapazes gostassem de sexo (com mulheres, por supuesto) teriam mais o que fazer em vez de ir a churrascaria comemorar eleição de Papa...

quarta-feira, 20 de abril de 2005

Descobriram a pólvora...

Descobriram a pólvora...

Diz a Folha que o Papa Bento XVI escolheu os jovens como alvo. Grandes coisas, os padres, especialmente os da arquidiocese de Boston, fizeram isso há um tempão.

terça-feira, 19 de abril de 2005

E eu, cara-pálida?

E eu, cara-pálida?

Lula pediu perdão aos negros pelo horror da escravidão e depois pediu perdão aos índios pelo genocídio. Que tal pedir perdão a mim por ter me embromado em 2002?

É o homem!

É o homem!

Descobri quem odeia a igreja católica mais do que eu: os cardeais do conclave.

Começa o pontificado de Bento XVI, até esta manhã conhecido como cardeal Josef Ratzinger. Tão conservador que, se Gengis Kahn foss um cardeal, Ratzinger estaria à direita. É contra qualquer reforma que modernize o catolicismo, contra o uso de preservativos no combate à Aids (mesmo que isso implique um genocídio na África), contra a ordenação de mulheres, contra o fim do celibato, contra o engajamento político (à esquerda, claro) do clero etc.

Para melhorar, Ratzinger vem da Alemanha, país de maioria protestante. A cúpula da igreja de seu país não gosta dele. Como todos os alemães de sua geração, teve de participar da juventude hitlerista - era criança e não tinha responsabilidade por isso, claro, mas não é uma lembrança agradável para franceses, holandeses, ingleses etc. Foi o responsável por um documento assinado por João Paulo II afirmando que o cristianismo era a única religião e que a igreja católica era verdadeira representante de Jesus. É esse sujeito que vai ter de dialogar com as demais denomiações cristãs e lidar com o mundo árabe.

Há uns 500 anos, a eleição de um sujeito com esse perfil representaria uma ameaça à civilização. Hoje, fora o potencial estrago na África, representa uma ameaça à própria igreja católica. Que seu reinado seja longo.

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Infatilização é isso aí

Infatilização é isso aí

Enquanto os cardeais se preparam para o conclave que pode consagrar Josef Ratzinger como novo Papa (uhu!), andei pensando um pouco sobre a nota anterior, especialmente sobre a opinião de Leonardo Boff. Lembrei-me de um causo contado pelo historiador francês Serge Gruzinski, um dos maiores especialistas em história mexicana em todo o mundo, quando o entrevistei para o número 13 de Nossa História.

Conta ele que, no fim dos anos 90, com o avanço das seitas evangélicas no México - e de suas redes de TV -, firmou-se uma sólida parceria entre a Igreja Católica e a Televisa para um acontecimento que novamente impulsionaria o catolicismo no país: a canonização de Jan Diego, o índio humilde que teve a visão da Virgem de Guadalupe em 1531.

Aqui é necessário um parêntese. A Televisa, para quem não sabe, é o maior império de comunicação da América Espanhola. Tudo que a turma da teoria conspiratória imagina que a Globo faz por aqui, ela faz de fato em dezenas de países. Ainda que sua abrangência no México seja do gênero da que a Globo tinha nos anos 70 e 80, sua programação popularesca está mais para Record, mesmo.

Pois bem, toda essa máquina de mídia foi posta em movimento para enaltecer a biografia do "índio humilde" e os feitos da Santa Madre no México. Todos os dias os mexicanos eram lembrados que Juan Diego seguia para o catecismo quando, no topo da colina Tepeyac deu de cara com a Virgem Maria, que mandou-o dizer ao bispo para construir ali um santuário para ela. Enquanto isso, o Vaticano corria com a beatificação e a canonização do dito cujo, levada a cabo em 31 de julho de 2002.

Tudo muito bom, tudo muito bem, não fosse pela grita de parte do próprio clero mexicano. O motivo era bem simples e conhecido de qualquer historiador minimamente informado: O "índio humilde" Juan Diego é um personagem fictício. Quando os espanhóis invadiram o México, encontraram no topo da referida colina o concorrido santuário de uma divindade feminina asteca. Seguindo um padrão que fazia sucesso há mais de mil anos, transformaram a deusinha local numa santa (e não numa santa qualquer, mas na própria Virgem de Guadalupe) e construíram-lhe uma igreja sobre o local do santuário. A história de Juan Diego foi inventada pouco depois.

Esses clérigos reclamões - ligados, claro, à dita igreja progressista - achavam um absurdo que o Vaticano enfrentasse a mistificação e as armações dos pastores evangélicos com mais mistificação e armações. Ainda mais em parceria com a Televisa, que não é exatamente uma organização livre de pecado.

O resultado? Foram todos perseguidos e enquadrados. Não podiam lecionar, pregar nem publicar - e o "índio humilde" virou santo com toda a pompa e circunstância. Como disse o ex-frade brasileiro, "um esforço de normatização da fé, de mediocrização das inteligências e uma infantilização dos cristãos".

Mas, cá entre nós, temos que dar um desconto ao Vaticano. Se existência de fato dos personagens e comprovação historiográfica significassem alguma coisa, a Igreja como um todo não existiria.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Habemus candidatum

Habemus candidatum

Algumas pessoas devem estar estranhando eu não ter feito qualquer comentário sobre a morte de João Paulo II. Pois é, apesar de ele ter estragado meu fim de semana (Cristina foi convocada para trabalhar), preferi seguir a máxima do "se não tem nada de bom a dizer do morto, nada diga".

Mas é óbvio que não estou indiferente ao processo de escolha do novo bispo de Roma. Até a manhã de hoje eu torcia ardorosamente pela escolha de um cardeal africano, qualquer um. Mas mudei de candidato ao ler hoje a notável seqüência de sandices disparadas pelo cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, d. Eusébio Oscar Scheid. Espero que os membros do conclave fiquemi cativados pela figura dele e dêem-lhe uma chance de comandar a igreja. D. Eusébio já!

Para quem não leu (clique aqui), o cardeal disparou uma saraivada de ataques grosseiros contra Lula, aparentemente do nada. Disse que ele não é "católico", e sim "caótico", que "não se entende bem com o Espírito Santo". O pano de fundo dos ataques parece ser o fato de Lula, a despeito de ser católico, defender políticas de direitos dos gays, prevenção da Aids por uso de camisinhas, descriminalização do aborto etc. Quase me arrependi de ter me arrependido de votar em Lula - que, aliás, foi eleito para ser presidente de um país laico, e não preposto do Vaticano em Brasília.

Claro que d. Eusébio está jogando para a torcida - apesar desta não ter voto no conclave. Com o gado cada vez mais conservador e, digamos, pouco letrado, esse tipo de discurso agressivo mas sem conteúdo dá o maior Ibope. Lembrei de uma entrevista de Leonardo Boff publicada há alguns dias na qual ele dizia que o pontificado de João Paulo II havia se caracterizado teologicamente por "por um esforço de normatização da fé, de mediocrização das inteligências e uma infantilização dos cristãos". Para um público infantilizado, comentários como os do cardeal são melhores que show de padre cantor.

"Peraí, Leo. Como é que, depois dessa desancada, você diz que torce para que d. Eusébio seja eleito Papa?" E que é que disse que eu desejo um bom futuro para a igreja?

Você já foi a Bosta? Então vá!

Você já foi a Bosta? Então vá!

Ao longo desses anos eu já fui mandando à merda uma infinidade de vezes. Em algumas delas, aliás, eu fui.

Só que hoje foi a minha própria esposa, mãe da minha única herdeira, a querer que eu fosse a Bosta. Sabe o que é pior? Deu mesmo a maior vontade de ir.

Bosta, para quem não sabe (e eu não sabia) é uma localidade microscópica na Escócia, mais precisamente na ilha de Grande Bernera. Para um pagão que ama História e Arqueologia, é tudo de bom. Além da paisagem belíssima do litoral escocês, Bosta tem um verdadeiro tesouro para os visitantes: a reprodução perfeita de uma casa da Idade do Ferro.

Bosta tinha uma aldeia, datada provavelmente do século VI E.A., que foi inteiramente coberta pelas areias da praia e assim permaneceu até 1996, quando uma tempestade particularmente violenta expôs as ruínas. A casa foi construída seguindo os padrões desses restos.

Para saber mais sobre as maravilhas de Titica, digo, de Bosta, clique aqui.

sexta-feira, 1 de abril de 2005

Politicamente incorretíssima

Politicamente incorretíssima

Só faz sentido em inglês

Michael Schiavo goes out for dinner after a day at his wife's bedside and orders a steak.

"Very good sir", says the waiter, "and for the vegetable?"

"Oh", replies Michael, "she's not hungry."

Contribuição da minha querida Ângela Fatorelli