Total de visualizações de página

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Não vote, mesmo

Não vote, mesmo

Pessoas, o blog ficou um tempo parado e vai continuar mais um pouco. Os motivos são vários: mudança de casa, acúmulo de trabalho, morte na família etc. Mas tem uma história que não pode esperar.

Há quatro anos, eu - idiota - ajudei a entregar o Brasil a uma quadrilha chamada PT. De lá para cá, todos os motivos que eu tive para dar aquele voto imbecil foram traídos. Todos, sem exceção. Continuísmo na política econômica, agravamento da carga tributária da classe média e do setor produtivo, descaso com o meio-ambiente, com a educação (acabando com uma rara boa idéia tucana, o Provão), com a segurança etc. Além disso, aparelhamento do estado sem se preocupar com honestidade (Correios) ou competência (Inca) e corrupção que conseguiu superar o balcão de negócios montado por Sérgio Motta para comprar a reeleição de FHC. Para culminar, vejo o canalha em quem votei subir ao palanque do Bispo Crivella.

Bem, está claro que não vou repetir o voto no canalha em questão, ainda que não saiba bem em quem vá votar. Mas o tema aqui é outro. A cereja podre no sundae autoritário e corrupto do PT foi noticiada hoje pelo Comunique-se: A quadrilha encaminhou notícia-crime à Justiça contra o jornalista Cláudio Weber Abramo, responsável pela ONG Transparência Brasil, fundada há seis anos com o objetivo de combater a corrupção. O motivo é uma campanha deflagrada no site da organização chamada "Não vote em mensaleiro", deflagrada por um artigo de Abramo no Correio Braziliense. Alegam os advogados da facção, digo, do partido, que o jornalista prejulga políticos que ainda não passaram pelos tribunais e que, por conta da frase "É o que fará o eleitor se permitir que mensaleiros, vampiros e outros animais dessa mesma família retornem à Câmara dos Deputados", ofende a honra dos acusados. Isso mesmo, a honra do Professor Luizinho, do João Paulo Cunha, do Costa Neto e de outros. Como o dinheiro que esses advogados recebem é chamado de "honorário", deve tudo ser parte da mesma piada.

Antes que o PT consiga tirar a campanha do ar, confira o site da Transparência Brasil. Dê atenção especial ao Projeto Excelências, um banco de dados com a ficha corrida de todos os deputados. Traz sua atuação parlamentar, sua assiduidade, sua declaração de renda e, mais importante, a lista de processos a que já respondeu em qualquer instância. De quebra, um clipping com vezes e o contexto em que o nome do excelentíssimo foi citado em matérias envolvendo corrupção. Um serviço inestimável à democracia, mas pouco divulgado.