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domingo, 27 de setembro de 2009

Menos, Guillermo, menos

Estou lendo o ótimo Noturno, de Guillermo del Toro e Chuck Hogan. O livro é uma espécie de cruzamento de Drácula com A Próxima Peste, tratando uma invasão de vampiros em Nova York como um infecção por um parasita.

No ponto em que eu estou, porém, os autores carregaram demais as cores no fantasia e eliminaram qualquer plausibilidade. O protagonista Eph, um epidemiologista, descobre que a ex-esposa foi capturada, mas evita que o filho seja levado também. Depois de deixar o garoto num local seguro, ele e outros caçadores vão invadir o covil, embaixo do Marco Zero do World Trade Center, para resgatar a supracitada ex-digníssima.

Numa boa, eu até engulo que vermes produzam o vampirismo, mas que um sujeito arrisque o pescoço para salvar a ex, especialmente depois de pegar o filho que disputava com ela na Justiça, já é abusar da credulidade...

Nada de novo

O ministro Carlos Minc anunciou hoje, como se fosse uma grande novidade, que placas de ferro vão "proteger a perereca" nas obras do PAC. Grandes coisas, há séculos os cruzados já usavam cintos de castidade para proteger as pererecas que deixavam em casa.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Já vi esse filme...

Há cerca de doze anos, numa reunião de pauta no Globo, uma editora se referiu ao pastor Caio Fábio como “Luke Skywalker”, ou, como explicou melhor, “um pastor do bem”. Era esse o marketing do personagem, que circulava entre a intelectualidade como um contraponto ético aos “bispos” da Igreja Universal. Eu respondi que “pastor do bem” era uma contradição de termos e que, se ele parecia limpo, era porque ninguém se preocupava em investigá-lo. Um monte de gente na mesa me olhou feio, mas, dois anos depois, a bolha explodiu.

Acusado de intermediar um dossiê falso sobre políticos, Caio Fábio foi alvo da mídia e da polícia, revelando-se uma rede de ligações que estava mais para Jabba The Hutt que para Luke Skywalker. Tempos depois, descobriu-se que seu principal projeto social, a Fábrica da Esperança, na favela de Acari, funcionava (não necessariamente com o conhecimento dele) como paiol e depósito para traficantes locais. Citando aquela motoneta do desenho “Carangos e Motocas”, eu te disse, eu te disse, mas eu te disse...

Agora eu vejo um movimento igualzinho falando do dito “funk do bem”, suposto contraponto politicamente correto ao funk explicitamente ligado aos traficantes de drogas. Exclusão social de dentro para fora. Resta ver quanto tempo leva até mais essa bolha de ingenuidade estourar...