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quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Aventureiros de Praia Brava

Aventureiros de Praia Brava

Uma parte do meu clã foi passar as festas de fim de ano em Praia Brava, numa casa emprestada. Patrícia, Marcos, Beatriz, Maria Cristina e Fernando na casa felizes da vida, até descobrirem embaixo de uma das camas, um lagarto que, embora não fosse nenhum dragão de Komodo, era bem mais parrudo que uma lagartixa.

Minhas irmãs e minha sobrinha, claro, deram o faniquito regulamentar e deixaram com meus cunhados a responsabilidade de lidar com a besta-fera. Marcos, que é da Marinha, topava até dar tiro de canhão no lagarto, desde que não precisasse chegar perto. Fernando (meu cunhado freqüentemente citado aqui) também não queria contato físico com o terrível réptil. Decidiram então deixar a janela aberta para ver se ele se mandava. Não colou.

Diante da teimosia do bicho, fizeram o que qualquer pessoa civilizada faria: chamaram um rude nativo (peão de alguma obra em casa de veraneio) para enxotar o monstro. Só que o sujeito não devia ser tão rude assim, pois nem ele queria chegar perto. O máximo que fez foi, com uma vara, tentar afugentar o intruso - que não tomou conhecimento.

Por conta desse imobilismo, concluíram que o tal lagarto estava morto - mas ninguém tinha coragem de tocá-lo. Com muito custo, Fernando jogou um pano sobre o cadáver e o enrolou. O pobre animal estava tão morto que até enrijecera.

Foi quando Fernando teve a seguinte idéia: Levar o defunto para o restaurante do qual é sócio (não vou dizer o nome para não afugentar clientela) e usá-lo para assustar um garçom que tinha medo desses bichos. Como se eles não estivessem, minutos antes, se borrando...

Na segunda-feira, voltou para o Rio com o falecido, chegou no restaurante, chamou o garçom e disse que tinha um negócio para ele. Quando o sujeito viu o que era, tomou um susto, depois parou, olhou bem, foi lá, mexeu no bicho e disse:

- Poxa, seu Fernando. Esse lagarto de plástico quase me enganou...

Narrado, às gargalhadas, pelo meu pai

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