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sábado, 24 de maio de 2003

Matrix é aqui

Se alguém duvida que somos inteiramente dependentes dos computadores, devia ter visitado a Bienal do Livro na noite de sexta.

A confusão começava já na entrada. Possivelmente para evitar a utilização de ingressos falsos ou roubados, a Fagga (empresa responsável pela – perdoem a ironia – organização do evento) usou o seguinte esquema: os ingressos eram numerados por um código de barras. Quando era posto a venda o lote de 001 a 100, por exemplo, o sistema validava esses ingressos, cujos códigos eram lidos e liberados pelos aparelhos nas entradas. Se alguém tentasse entrar com um ingresso com a numeração errada, o mesmo seria recusado.

Até aí, tudo bem. Linda teoria. Só que na noite de sexta (por volta das 18h30) uma pane tirou o sistema do ar. Com isso, novos ingressos não tinham como ser validados. Ou seja, havia ingressos adoidado, mas foram se formando longas filas porque eles não estavam validados. Uma coisa completamente maluca.

Lá dentro – no lançamento de “Amor se faz na cozinha”, da minha querida Márcia Frazão – faltou luz. Como no break é um aparelho desconhecido, os computadores do estande da Record apagaram, fazendo parar a fila de quem queria pagar os livros. Ok, quem ia usar cartão de crédito ou débito realmente ficava sem alternativa. Mas algumas pessoas queriam pagar em dinheiro ou cheque. Nada feito; tudo tinha que ser registrado no computador, um funcionário não podia sequer anotar as vendas e depois passar para as máquinas. Foram bem uns quinze minutos esperando, imaginando como se comprava e vendia antes do PC.

Como dizia o sr. Scott, quanto mais sofisticado, mais fácil sabotar.

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