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quinta-feira, 13 de novembro de 2003

Só divagação

Hoje eu vi numa livraria um belo livro importado de História sobre as nossas raízes orientais. A ilustração da capa traz um busto de um faraó egípcio e uma estátua de Buda. Só não comprei porque as minhas vacas andam mais magras que aquela mocréia do seriado Ally McBeal.

Voltando ao assunto, alguma coisa ali não bateu direito na minha cabeça. Depois me toquei do que era. O conceito do Egito como “oriental” é, no mínimo bizarro. Ou melhor, é apenas cultural, não geográfico. Quer ver só? A longitude de Atenas é 23 graus e 43 minutos a Leste de Greenwich. A do Cairo é 31 graus e vinte minutos. Realmente, o Egito está a Leste da Grécia, seria Oriente.

Mas Jerusalém tem como longitude 35 graus e treze minutos. Ninguém se refere ao Judaísmo como uma cultura oriental. Muito menos o Cristianismo – apesar de este ser uma acochambração do próprio Judaísmo com o Masdaísmo da Pérsia, que está mais a Leste ainda.

Alguém tem que lembrar ao autor que, em termos de geografia, a Estrela de Davi e até a cruz são bem mais orientais que o Olho de Hórus.

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