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sexta-feira, 6 de junho de 2003

Habilidosos, mas não muito espertos

Uma das características mais tristes do Rio é a quantidade de crianças pedindo esmola em sinais de trânsito. De uns tempos para cá elas começaram a fazer malabarismos com bolas de tênis, na tentativa de atrair ao menos alguma simpatia dos motoristas. Hoje eu vi, num sinal de Botafogo um exemplo de que, se os malabaristas de sinal estão se esmerando em técnica, ainda falta-lhes planejamento.

Fechou o sinal. Dois rapazes de uns 15 anos, bolinhas de tênis nas mãos, foram para a frente dos carros. Um subiu no ombro do outro e começaram a fazer malabarismos duplex. Demonstraram grande equilíbrio tanto nas esferas quando nos próprios corpos, culminando com um pulo do que estava sobre os ombros do colega. Perfeito, não fosse por um detalhe: o pulo coincidiu com a abertura do sinal. Ao planejarem seu número, eles esqueceram de deixar um tempo para recolherem o dinheiro...

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