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domingo, 21 de dezembro de 2003

Valeu, Sir Paul

Ganhei de amigo oculto (gracias, Marcelo) o CD Let It Be... Naked, do Beatles. Como se sabe, é a versão crua de Let It Be, da qual Paul McCartney tirou as firulas do produtor Phil Spector. Antes de mais nada, por uma questão de honestidade, quero deixar claro que não sou fã dos Beatles. Gosto de diversas músicas deles, mas não tenho a relação de fanatismo que a maioria cultua.

Apesar disso – ou talvez por isso –, gostei muito do resultado. O disco parece fluir melhor, com mais coesão. Sem falar que a nova versão conseguiu algo que sempre achei impossível: fez “The Long And Winding Road” deixar de ser uma canção irremediavelmente brega. Aquelas cordas e aquele coral pareciam saídos direto de uma vinheta do programa Haroldo de Andrade. Agora é uma música lenta e romântica tocada por uma banda de rock, com ênfase no piano, mas também com guitarra, baixo e, bem, eh... bateria.

Falando nisso, longe de mim vilipendiar a religião alheia, mas, putz, o Ringo é realmente de lascar. Possivelmente o sujeito mais fraco a ganhar a vida como baterista profissional – antes, claro de os punks redefinirem os padrões de mediocridade musical, claro.

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