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sábado, 13 de novembro de 2004

Até que enfim

Até que enfim

Li hoje no jornal que o governo brasileiro classificou a China como uma "economia de mercado". A Fiesp soltou nota dizendo que não é, não, e fico meio na dúvida quanto à relevância da classificação pelo Planalto.

De qualquer forma, seria muito bom se a economia chinesa fosse universalmente aceita como "de mercado", pois isso acabaria de vez com um sofisma que a minha geração ouviu ad nauseum: que o capitalismo (do qual "economia de mercado" é só nome de fantasia) está umbilicalmente ligado à democracia.

Pelo contrário. Nenhum empresário vai admitir isso em on, mas, se pudesse escolher, preferiria produzir num lugar sem liberdade sindical, sem imprensa para denunciar corrupção, sem um Judiciário independente, sem partidos de oposição etc. etc. Basta lembrar que anos atrás a tetéia latino-americana da banca era o Chile, cuja economia cresceu horrores sob a igualmente horrorosa ditadura de Pinochet - sem falar do Milagre no governo Médici.

Pois bem, de agora em diante temos a China para nos lembrar que capitalismo gosta, e muitcho, de uma ditadurazinha.

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