Diálogos X-Crotos - Vida Real
Minha prezada Lanika publicou essa história no Multiply. Encaixava-se tão bem nos Diálogos X-Crotos que pedi a autorização dela para reproduzir. Cá está:
Hora do almoço. Pego meu Études literaires sur Baudelaire e penso em dar uma pausa no ritmo frenético de pré-lançamento de filme lendo na praça em frente ao meu trabalho. Estou, como sempre, vestida de preto. Talvez um pouco mais arrumada que o habitual. E pago o preço por isso:
Motoboy saindo do prédio: "Nossa colega... o viúvo era um cara de sorte. "
Se eu ganhasse um centavo de dólar todas as vezes que ouvi essa frase ao longo dos anos - pelo menos os outros tinham a decência de falar "falecido", animalzinho! - estava rica. Bateu, levou:
Eu: "Infelizmente ele ainda não morreu. Mas eu adoraria matá-lo! "
Ele: "Poxa, mas eu bem que queria estar no lugar dele".
Eu (não agüento): "Por quê? Você também quer que eu te mate?"
Atravessei a rua e fui tratar de ler meu livro, ignorando o ataque de gagueira do sujeito.
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