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quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Desenredo

Desenredo

(Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro)

Por toda terra que passo
Me espanta tudo o que vejo
A morte tece seu fio
De vida feita ao avesso

O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego
Eu me enredo
Nas tranças do teu desejo

O mundo todo marcado
A ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo
A morte é o fim do novelo

O olhar que assusta
Anda morto
O olhar que avisa
Anda aceso

Mas quando eu chego
Eu me perco
Nas tramas do teu segredo

Ê, Minas
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe

A cera da vela queimando
O homem fazendo o seu preço
A morte que a vida anda armando
A vida que a morte anda tendo

O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego
Eu me enrosco
Nas cordas do teu cabelo

Ê, Minas
Ê, Minas
É hora de partir
Eu vou
Vou-me embora pra bem longe

(Está aqui por nenhum motivo em especial, apenas porque adoro essa música)

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