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terça-feira, 26 de julho de 2005

Besta é a mãe

Besta é a mãe

Por motivos de trabalho estava pesquisando na rede sobre médicos de importância histórica no Brasil e encontrei um texto de Eurico Villela (ele próprio um médico renomado) de 1935 sobre Carlos Chagas. Tratava-se de uma aula inaugural na Escola Nacional de Medicina. O estilo é empolado que só, mas, lá pelo meio, um trecho me chamou a atenção.

Villela falava da tradição de erudição mineira, que formava grandes humanistas mesmo em cidades de menor porte. E emendava: "Notavam-se em São João d'El-Rey typos de rara cultura, como o douto philologo Aureliano Pimentel, grammatico de autoridade reconhecida e acatada aquem e além-mar".

A "autoridade reconhecida" do "douto philologo" fez com que o imperador Pedro II o convidasse (e, como o professor não aceitasse o convite, intimasse) a se mudar para a Corte e lecionar no Colégio Imperial. Depois de anos no Rio, ele ficou desgostoso com a morte da esposa numa epidemia qualquer e conseguiu com o imperador a autorização para voltar a Minas, onde viveu até a morte. Hoje é nome de escolas e ruas e São João Del Rey e até de uma ruazinha na Ilha do Governador.

E era meu tataravô.

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