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terça-feira, 12 de julho de 2005

A dona do puteiro

A dona do puteiro

Reflexões de uma cafetina brasiliense:

"Baixa tanto político no meu privê que coloquei o nome do estabelecimento de 'Metida Provisória'. Esta semana, com tanta gente para me aparecer, adivinha quem resolve dar o ar da graça? Severino.

"Depois dizem que puta é mulher de vida fácil. Fácil? Quero ver encarar. Se um milhão de pessoas vaiaram o sujeito vestido, imagina sem roupa. Mas nada que cinco notas de cem não o transformem num Suplicy. Vem com a mamãe, Severino. Apaguei as luzes por motivos óbvios. Desci com a mão até o baixo clero, mas o dito-cujo era nanico. Pensei: É, Severino, está precisando conseguir um aumento pro rapaz aqui, hein? Para incentivar, comecei a falar umas palavras de 'baixo escalão':

"- Vem, Severo. Me chama de Congresso e me desarruma. Pensa que eu sou o governo e me mete o pau. Finge que eu sou teu filho e me bota lá dentro. Pensa que eu sou o orçamento e acaba comigo. Vai, Severo. Finge que eu sou o povo e me leva à loucura.

"O Severo deve ter gostado. Tanto que começou a dizer que ia me tirar dessa vida, que ia me arrumar um emprego no Congresso e coisa e tal. Isso já é 'neputismo', pensei. Mas, como ele conseguiu transformar o Congresso numa zona, até faz sentido..."

Cortesia da Marcela

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