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sábado, 4 de janeiro de 2003

Ooooooooohhhhh

O caderno Prosa & Verso do Globo tem hoje uma matéria surreal. O título é: “Conclusão surpreendente na recém-lançada biografia de Lord Byron”, com o subtítulo (cortado na versão online) “Nova pesquisa revela que, além de mulherengo, o poeta era homossexual”. O tema é o livro “Byron, Life And Legend”, de Fiona McCarthy. Fosse vivo, Stanislaw Ponte Preta dedicaria um Febeapá inteiro a isso.

Primeiramente, alguém pode me explicar como um sujeito pode ser mulherengo e homossexual? Uma lésbica pode ser mulherenga e homossexual, um cara, não. Donde supomos que o correto seria bissexual. E aí vem o segundo espanto: será que alguém que conhecesse a vida e a obra de Byron tinha alguma dúvida sobre sua, digamos, pluralidade sexual? Sua relação com Percy Shelley e John Polidori estava longe de ser meramente literária. Mas, para a pesquisadora, é uma estonteante novidade.

Na certa o próximo livro de McCarthy vai revelar novos segredos como “Einstein era judeu” ou, pasmem, “Luther King era negro” – e, claro, emplacar matéria no Prosa e Verso. Francamente...

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