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sexta-feira, 1 de agosto de 2003

Histórias de família III

Essa aqui é com a família alheia. Mais precisamente com a família do ator Eduardo Galvão – a quem meu avô sempre se refere como “aquele filho do Geraldo que aparece na TV”. Eles moravam perto dos meus avós no bairro dos Bancários, na Ilha do Governador.

Minha mãe não tem certeza se o protagonista foi o próprio Eduardo ou algum dos irmãos mais próximos da idade dele. De qualquer forma, era um dos mais novos e mais atentados de uma longa fila de meninos.

O guri, além de só ter contato com outros meninos, era tido como o responsável por tudo que acontecia de errado – as que ele aprontava e as que os mais velhos lhe imputavam.

Eis que um dia nasceu uma menina no clã e foram todos visitar. Lá pelas tantas a recém-nascida fez xixi e foi todo mundo acompanhar o ritual de troca de fraldas. Quando a fralda suja foi retirada, o menino não conseguiu conter o espanto diante daquela visão inédita. Vendo o susto, todos em volta olharam para ele, que, acostumado, foi logo se defendendo:

“Não fui eu, eu juro que não fui eu que cortei o piruzinho da neném!”

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