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domingo, 21 de março de 2004

Um tanto ou quanto surreal

Não sei se sou eu que ando mais maluco do que o normal ou se o mundo anda operando em freqüências aleatórias. Li hoje no Globo um artigo do escritor Frederick Forsyth detonando a Al Qaeda e defendendo o Islamismo como um todo. Entre outras coisas, ele afirma que "o Islã é uma grande religião e, como todas as grandes religiões, baseia-se, teoricamente, no amor: o amor a Deus e a nossos semelhantes" e que "como todos os grandes livros religiosos, o Alcorão ensina que a paz e o amor são melhores que o ódio e a guerra, um estado a ser alcançado pela devoção a Deus e a seu mensageiro". Até aí, tudo bem.

Em seguida, ele desanca a corrente fundada há 300 anos pelo pregador radical Muhammad ibn Abdul Wahhab, que, entre outras coisas, passou a igualar os judeus e cristãos aos idólatras e pagãos. Como lembra o autor do artigo, o Alcorão diz que os pagão e idólatras "são indesejáveis para Deus e devem ser assassinados em massa se se negam a se converter". Deixa eu ver se entendi. Esse livro sagrado que prega a matança de quem decide se manter fiel aos deuses dos seus ancestrais é o mesmo que "ensina que a paz e o amor são melhores que o ódio e a guerra"?

Sinceramente? Wahhab pode ter levado a selvageria ao paroxismo, mas usou uma matriz que já estava prontinha.

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