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sábado, 8 de fevereiro de 2003

Intestino grosso na garganta

Alguém precisa explicar ao ministro Grazziano que Tico e Teco também podem ser usados para elaborar melhor as frases antes de proferi-las.

Tudo bem, ao longo de décadas o êxodo rural do Nordeste em direção ao Sudeste aumentou a miséria nas grandes cidades – e a miséria tem relação com a criminalidade, ainda que não seja o único fator. Mas quando um ministro vira e diz que “Se eles (os retirantes) continuarem vindo para cá, vamos ter de continuar andando em carros blindados”, está pedindo para ser sacaneado.

A frase, por melhor que fosse a intenção, saiu com uma dose boçal de preconceito. A prova de que ele mesmo se tocou da porcalhada é que mandou a assessoria de imprensa soltar uma daquelas notas apelidadas “Mãe, me limpa”, dizendo que não tinha intenção de associar o povo nordestino à criminalidade.

Agora, será que não tem um assessor de imprensa minimamente competente na equipe dele? Ninguém que converse com o ministro antes para tentar organizar os conceitos e evitar que declarações sejam dadas de forma truncada? Sem querer puxar demais a brasa para a sardinha do meu empregador, lá na Approach a gente oferece uns programas de media training legaizinhos.

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