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terça-feira, 18 de fevereiro de 2003

Jogando dinheiro fora

Cada dia que passa eu me divirto mais com a atuação do Dr. Clóvis Sahione na defesa dos fiscais acusados de extorsão, sonegação fiscal e evasão de divisas durante o governo (hehehe) Garotinho. O Ministério Público descobriu que um deles, Carlos Eduardo Pereira Ramos, movimentou US$ 3,2 milhões em fundos de investimento, aqui mesmo no Brasil.

Falando ao Globo, Sahione disse que Pereira Ramos recebera US$ 1,3 milhão em bônus de cota-parte (grana que os fiscais recebem por conta das multas aplicadas) e que ele ficava transferindo esse dinheiro da conta-corrente para o fundo e de volta para a conta-corrente e daí para o fundo etc. A Receita, diz ele, somou essas idas e vindas do mesmo dinheiro.

Os repórteres Alan Gripp e Dimmi Amora – que de burros não têm nada – fizeram a pergunta óbvia: por que ele ficava tirando e botando o dinheiro no fundo, pagando CPMF e, na prática, anulando qualquer ganho que a aplicação pudesse ter? Sahione, candidamente, disse não ter como explicar...

E, como era de se esperar, ainda tem muita carne embaixo desse angu. O MP e a Receita descobriram ainda que boa parte dessa movimentação financeira aconteceu sem que fosse recolhida a CPMF, imposto miserável mas que funciona que é uma beleza para identificar sonegadores. Para que tal acontecesse, dizem os investigadores, funcionários dos bancos teriam de estar envolvidos no propinoduto.

Só faltava essa infâmia agora, sugerirem que há corrupção no sistema bancário. Francamente...

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