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quarta-feira, 8 de junho de 2005

Daí é que não sai nada

Daí é que não sai nada

Imagine a seguinte situação: No meio de uma partida de futebol, jogadores de um dos times denunciam ao juiz que um adversário deu um chute sem bola na canela do goleiro. O árbitro chama o suposto agressor e este, para se defender da acusação, mostra as mãos, para o juiz ver que não há marcas.

Conclusão? O cara está embromando o juiz. Se deu um chute, não haveria mesmo marcas nas mãos.

A situação pode parecer ridícula, mas é exatamente o que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, está tentando fazer, segundo o noticiário. Pivô da atual crise política, ele ofereceu abrir mão dos sigilos fiscal e bancário.

Bonitinho, não? Só tem um problema: No momento, ele não é acusado de enriquecimento ilícito ou de sonegação fiscal. A acusação é que pagava mesada a deputados da escória aliada para votarem com o governo. É improbabilíssimo que ele usasse uma conta oficial para isso ou que declarasse ao fisco. A quebra dos sigilos, para citar o Analista de Bagé, é tão produtiva quando mijar num incêndio.

Será que ele não topa trocar pela quebra do sigilo telefônico de casa, do celular e do escritório? Aí é que pode estar uma pista.

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