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quarta-feira, 9 de abril de 2003

OA o quê?

A leitura dos jornais hoje traz duas notícias bem interessantes:


  • O dr. Clóvis Sahione, que defende os fiscais do Propinoduto, vai à Suíça tentar impedir que a Justiça local envie para o Brasil dados sobre as contas que seus clientes teriam em bancos daquele país. No fundo ele tem razão. Como pode convencer as pessoas aqui da inocência de seus clientes se a Suíça ficar mandando provas em cima de provas da culpa dos caras? Assim não dá.

  • O traficante Fernandinho Beira-Mar (que não tem outra fonte de renda além do crime) contratou por pelo menos R$ 100 mil o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão Luiz Almeida Teles para ser seu quinto advogado e ajudar a trazê-lo de volta ao Rio de Janeiro. O fato de seus (sintam a ironia do termo) honorários serem pagos com dinheiro de origem criminosa não parece incomodar Teles, que admite advogar também para seqüestradores presos em Bangu I.

Enquanto um vai ao exterior para impedir o fluxo de provas para um processo e o outro, como admitiu outra funcionária jurídica de Beira-Mar, recebe dinheiro do tráfico, o que diz aquela entidade que deveria zelar pela ética na advocacia e adora se arvorar a defensora da cidadania?

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