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quinta-feira, 8 de abril de 2004

Sobrou pro coelhinho

A aparente ausência de limites na psicopatia dos fundamentalistas nunca deixa de me surpreender. Diz o site do jornal norte-americano Sun Sentinel que pais e crianças ficaram chocados com uma exibição feita por evangélicos no estádio de Glassport, na Pensilvânia. No que deveria ser um espetáculo de Páscoa, os pastores/atores simulavam o açoitamento do coelhinho da Páscoa e quebravam ovos de chocolate, enquanto gritavam para as crianças que o dito coelhinho não existia.

Os evangélicos afirmam que o coelho e os ovinhos são símbolos pagãos – modéstia à parte, estão certos, são símbolos da Deusa Oster, da fertilidade, cuja festa coincidia com a chegada da Primavera na Europa pré-necrolatria. Nem precisa ficar por aí: o pinheiro e a guirlanda de Natal e as fogueiras e danças de roda nas Festas Juninas também têm origem pagã.

Agora, era realmente necessário levar crianças às lágrimas simulando o coelhinho apanhando como se estivesse num filme de Mel Gibson?

Dias atrás eu li no Landover Baptist (site que satiriza de maneira ácida a extrema-direita religiosa dos EUA) uma “reportagem” na qual o Pastor Diácono Fred, líder da seita, conclamava os pais a espancarem os filhos que de alguma forma se envolvessem com ovos de chocolate e coelhinhos no período. Depois de ler a matéria do Sun, começo a ter medo de o Landover virar realidade.

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