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quinta-feira, 12 de dezembro de 2002

Virou piada

Uma anedota mais velha que eu conta que o presidente do Brasil, em visita ao Paraguai, ficou surpreso ao ser apresentado ao ministro da Marinha daquele país. Espantado, ele perguntou ao colega paraguaio o motivo de haver aquele ministério se o Paraguai não tem litoral. “Ué, mas vocês não têm Ministério da Justiça no Brasil?”, respondeu o vizinho.
Lembrei disso ao ler hoje no Globo que os PMs que mataram Sandro do Nascimento, o assaltante do ônibus 174 foram absolvidos. Antes de mais nada, quero deixar claro que acho Sandro um bandido e, no decorrer da transmissão do cerco pela TV, diversas vezes desejei em voz alta que algum atirador de elite espalhasse os miolos dele pelo ônibus e encerrasse aquele pesadelo.
Agora, uma vez que o sujeito estava preso e desarmado, a vida dele era responsabilidade do estado. O advogado deles (aliás, onde três PMs arranjaram dinheiro para pagar o dr. Sahione?) sustentou que eles não tinham intenção de mata-lo. Então por que não o enfiaram na caçapa de um camburão e o levaram para a delegacia mais próxima? E vez disso, o sujeito foi posto no banco de trás de um carro, imobilizado até que perdesse os sentidos e morresse e levado para um hospital convenientemente distante do local da prisão. Bacaninha, não?
De qualquer forma, vale reler o artigo que Marcos Sá Corrêa escreveu no dia do crime. Com o veredito de ontem, o texto ficou mais atual que nunca.

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