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sexta-feira, 14 de março de 2003

Coisa feia

Rolou um barraco meio que vergonhoso no jornalismo carioca.

No dia 14 de fevereiro, meu prezado Pedro Doria publicou no no mínimo um artigo apontando a defesa do dólar diante do euro como uma possível razão secreta para o iminente ataque anglo-americano ao Iraque. Dias depois, nessas patuscadas que infelizmente acontecem na Internet, o artigo do PDoria metamorfoseou-se num texto apócrifo circulando pela rede – eu recebi modestamente umas dez cópias.

Eis que a colunista do JB Márcia Peltier publicou sete notas em seqüência chupadas quase literalmente do texto do Pedro. (Você pode ver a coluna dela aqui, mas tem que se registrar, dando seu CPF) No mesmo dia, meu igualmente prezado Ivson Alves apontou a coincidência no seu Picadinho Diário e deu link para outros artigos sobre o assunto.

A Márcia resolveu piorar o que já estava ruim e publicou uma errata onde, malandramente, sugeria que o Pedro copiara suas informações de um dos artigos listados pelo Ivson, escrito pelo historiador americano William Clark (que ela chama de Walter Clark).

Pra quê? PDoria ficou xadrez e publicou uma resposta furibunda, denunciando o plágio dela, listando as fontes de onde tirou suas informações e apontando os diversos dados de seu artigo que não estavam no bom texto de Clark.

Mesmo sem entrar em aspectos éticos, o episódio deixa algumas lições.

  • Textos que circulam na Internet não são de domínio público. Se vai citá-los, mencione a fonte.
  • A maior parte dos sites (no mínimo inclusive) tem dispositivos para encaminhar matérias a outros internautas. Use isso em vez de copiar o texto e mandar sem crédito. Ajuda a dar audiência ao site que você visitou.
  • Se você vai publicar sem crédito algum texto que lhe chegou às mãos (release, e-mail, carta etc.) mude o texto. Não melhora a situação eticamente, mas evita micos desse tipo.

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